Soja: Disputa entre exportação e demanda interna irá se intensificar no 2º semestre e puxar preços no Brasil
Nesta segunda-feira (01), o mercado da soja fechou com 12 pontos de alta nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT). Algumas informações, que estão às margens do mercado, continuam trazendo efeito para os preços.
Contudo, Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, lembra que o mercado caminha de lado há quase seis meses, se estabelecendo em grande parte do tempo no mesmo patamar de preços.
Agora, os efeitos de um câmbio em alta, acima de R$3,80 no Brasil, motivam novamente as negociações nos portos locais, o que faz com que a moeda norte-americana compense a lentidão dos preços estabelecidos na CBOT.
Na visão de Cogo, a reforma da previdência não deve ser aprovada antes de junho. Ao mesmo tempo, não há movimentos firmes por parte do Governo, com alguns desencontros que fazem com que a moeda oscile da maneira com a qual ela se apresenta.
Os produtores, assim, vêm aproveitando esse momento, que atrai a possibilidade de novas vendas no mercado em preços que eram desejados pelos comerciantes. No segundo semestre, o que está em jogo é a disputa entre a exportação e a demanda interna, que deve se intensificar.
Nesta segunda-feira, a baixa do dólar pesou sobre a formação das cotações no Brasil, principalmente nos portos do país. Em Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 77,00 por saca e baixa de 1,28%, enquanto a referência abril foi a R$ 77,50, perdendo 1,27%.
Em Rio Grande, queda de 1,03% nos dois casos, com R$ 76,50 no spot e R$ 77,00 ára abril.
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