Colheita da soja avança em Toledo-PR e resultados confirmam baixo desempenho. Áreas com média de 20 scs/ha são mais frequentes
O Notícias Agrícolas esteve na propriedade dos primos Jair e Odirlei Portz, do Grupo Portz, em Toledo (PR) e constatou as perdas de produtividade amargadas nos talhões por conta da seca que atingiu a região.
Ambos estão "correndo contra o tempo" para colher por conta da chuva que ocorre agora e contabilizam o que estão conseguindo em relação à produtividade. Alguns talhões ficaram 35 dias sem chuvas e sob altas temperaturas, fatores que fizeram com que a situação se estabelecesse desta maneira.
Odirlei conta que uma área que foi campeã de produtividade do município pelo Cesb em 2016, quando teve uma produção de 98 sacas por hectare, terá um potencial de produtividade que representa apenas 20% desse total registrado anteriormente. Antes do plantio, o solo foi descompactado e também houve o plantio de trigo.
Até o momento, a propriedade dos Portz conta com 50% a 55% de quebra e, provavelmente, os resultados colhidos daqui em diante devem ser piores. O custo de produção não será coberto e o seguro será acionado, mas, caso não haja estado de emergência no município, os investimentos terão que esperar.
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Colheita de soja no Brasil alcança 2,1% da área e supera ciclo anterior, diz AgRural
SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja da safra 2018/19 do Brasil atingia 2,1 por cento da área total até a véspera, informou nesta sexta-feira a AgRural, apontando ritmo acelerado ante o 0,1 por cento de um ano atrás e o 0,4 por cento da média de cinco anos.
De acordo com a consultoria, o avanço nos trabalhos de campo é reflexo "do plantio mais rápido da história e do adiantamento do ciclo de parte das lavouras devido à estiagem".
O tempo adverso há mais de um mês, com irregularidade nas chuvas e altas temperaturas, tem levado o setor a apostar em uma safra menor no Brasil. A própria AgRural cortou nesta semana sua estimativa de produção para 116,9 milhões de toneladas, não descartando mais perdas caso as condições desfavoráveis continuem.
Segundo a consultoria, a colheita é puxada pelo Paraná, onde 6 por cento da área já está colhida. Em seguida aparecem Mato Grosso, com 3,9 por cento, e Goiás, com 1,6 por cento.
MILHO
A AgRural destacou ainda que o plantio da segunda safra de milho, a "safrinha", já começou no país --a colheita desse cereal ocorre em meados do ano.
Até a véspera, a semeadura da segunda safra de milho no centro-sul atingia 1,5 por cento da área projetada, contra 0,2 por cento na média de cinco anos. Em igual momento de 2018, os trabalhos não tinham começado.
Conforme a AgRural, o Paraná puxa as atividades, com 4,4 por cento da área já plantada. Em Mato Grosso, o plantio alcança 1,4 por cento.
Safras corta previsão para colheita de soja do Brasil em 5,3%, a 115,7 mi t
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja 2018/19 do Brasil, em colheita, deverá cair para 115,7 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em um corte de 5,3 por cento ante a previsão anterior (122,2 milhões de toneladas) em razão do clima desfavorável em alguns Estados produtores.
O volume, caso se confirme, representaria uma queda de 4,2 por cento frente o recorde de cerca de 120 milhões de toneladas de 2017/18.
A revisão feita por Safras & Mercado se segue a outras já realizadas nos últimos dias por consultorias e pela própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
"Os problemas climáticos registrados a partir de dezembro trouxeram perdas relevantes de produtividade nos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul. As lavouras que mais sofreram foram as semeadas precocemente e que estavam em um momento importante do enchimento dos grãos", explicou em nota o analista Luiz Fernando Roque, de Safras & Mercado.
Em sua avaliação, boa parte dessas perdas já é irreversível, embora seja cedo para uma definição precisa sobre o tamanho do prejuízo, já que plantações semeadas mais tardiamente não sofreram tanto com a falta de umidade.
"No Sul, o excesso de chuvas na época do plantio trouxe a necessidade de replantio de diversas áreas no Rio Grande do Sul, mas não podemos falar em perdas produtivas no momento. Nos demais estados do Centro-Oeste, houve registro de problemas regionalizados que também impactaram lavouras, mas de uma forma mais isolada", acrescentou Roque.
Ele disse ainda que no Norte/Nordeste a falta de chuvas começa a preocupar.
As próximas quatro semanas serão decisivas para a definição das produções nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste, além do Paraná, destacou a consultoria, citando previsões, contudo, que apontam para chuvas abaixo da média nas próximas duas semanas.
MILHO
Conforme Safras & Mercado, a produção brasileira de milho deverá totalizar 93,4 milhões de toneladas na temporada 2018/19, com elevação de 16,6 por cento sobre a safra anterior, mas 1,6 por cento abaixo dos 94,9 milhões considerados em novembro.
A expectativa é de que a área plantada cresça 3,4 por cento neste ciclo, para 16,8 milhões de hectares.
Do volume previsto por Safras & Mercado, a primeira safra, colhida no verão, deverá registrar 24,8 milhões de toneladas no centro-sul (+1,1 por cento), enquanto a segunda, a "safrinha", 62 milhões de toneladas (+27,4) na mesma região.
A consultoria indica ainda produção de 6,5 milhões de toneladas de milho para as regiões Norte e Nordeste, queda de 5 por cento.
2 comentários
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Elói Petry Batista Cerro Largo - RS
Enquanto o agricultor trabalha, enfrentando tudo que é tipo de adversidade, o amigo do novo mandatário debocha da Nação. Chega ao ponto de postar vídeo nas redes sociais, tamanha a certeza da impunidade.
Quem debochou do trabalhar rural foi o partido do PT pilhando o país , apoiando MST, mandando dinheiro do BNDES para Cuba e para os grandes empresários que compravam os políticos... Deixando o país neste estado de insegurança nas ruas e no campo .
Tanto as afirmações do Éder quanto as do Crema são verdadeiras... falta, mais uma vez, discernimento aos que negativaram o Elói... Devido a este fanatismo que o pt enterrou o pais... pelo visto não aprendemos a apoiar as iniciativas certas..
Geovani Salvetti Ubiratã - PR
Situação complicada no Paraná... Seca e calor intenso dizimou as lavouras.