Greve geral na Argentina puxa preços do farelo em Chicago e dá suporte à soja nesta 3ª feira
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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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O mercado internacional da soja trabalhou durante toda a sessão desta terça-feira (25) em campo positivo na Bolsa de Chicago. Os futuros do grão foram motivados pelas boas altas registradas também pelo farelo de soja na CBOT depois do anúncio de uma paralisação geral por 24 horas na Argentina, como explicou o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin.
"O farelo puxou bem em Chicago durante o dia e puxou a soja também na carona", diz.
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As altas foram amenizadas, porém, com o entendimento do mercado de que após a quebra da safra e a redução do esmagamento na Argentina, o gap deixado pelo país tem sido suprido bem pelos Estados Unidos e pelo Brasil neste momento.
Assim, o mercado terminou o dia em Chicago com altas variando em um intervalo de pouco mais de 4 pontos, e o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,45 por bushel. O março/19, referência para a safra brasileira, ficou nos US$ 8,72.
Nos Estados Unidos, o esmagamento de soja traz uma das melhores margens dos últimos anos e deverá trazer um aumento no processamento no país na casa de 5 milhõe de toneladas. As demandas interna e externa são muito boas neste momento, porém, o movimento ainda é insuficiente para promover uma mudança de tendência ou altas mais consistentes em Chicago.
Os americanos colhem uma safra recorde - de quase 128 milhões de toneladas - e os EUA precisariam ainda de um crescimento das exportações, "e isso não vai acontcer", explica Vanin.
Mercado Nacional
No Brasil, o dia foi bastante importante para os preços da soja, uma vez que bateram em uma de suas máximas do ano para o produto disponível: R$ 98,00 por saca nos portos. A cotação é a melhor da temporada e motivou novos negócios. Para a soja da safra nova, a referência foi a R$ 89,00 e também estimulou os sojicultores a irem a mercado travar parte do produto 2018/19.
"Em reais, a questão está muito favorável realmente. Tivemos na combinação do dia momentos com Chicago em alta, dólar em alta e manutenção dos prêmios (que seguem bem acima dos 200 pontos) resultando nos melhores preços do ano para a safra velha. Se teremos preços melhores, a questão está nas mãos do câmbio", diz o analista.
Nesta terça, o dólar fechou com leve baixa de 0,12% e valendo R$ 4,08. A moeda, porém, trabalhou em alta quase todo o dia, registrando ganhos de mais de 1% e, na máxima da sessão, foi a R$ 4,14.
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