Comercialização da safra no Oeste Baiano está travada por falta de definição sobre preços do frete após tabelamento
Podcast
Comercialização da safra no Oeste Baiano está travada por falta de definição sobre preços do frete após tabelamento
Download
No Oeste da Bahia, a comercialização da safra está travada por conta da falta de definição dos preços do frete após o tabelamento. Apesar de uma temporada com boa produtividade, cerca de 70% da soja comercializada não foi escoada ainda devido à paralisação dos caminhoneiros.
De acordo com o presidente da Aprosoja Bahia, Alan Juliani, não tem como fazer uma base de cotação se os preços dos fretes estão indefinidos, sendo que o novo tabelamento subiu muito os custos das tradings. “As empresas ainda não querem repassar isso ao agricultor, mas o outro problema é o produto que já foi comercializado que não foram escoados”, afirma.
O novo tabelamento dos fretes vai impactar em todos os setores da agricultura, pois tem os custos com a entrega de fertilizantes, agroquímicos e interferir no preço do milho. “No caso da soja, ainda tem 50% para ser exportada na nossa região. Nós estamos esperando uma posição do governo para saber o que vai acontecer e torcer para melhorar essas condições de trabalho”, comenta.
Até o momento, os preços do frete para as sojas destinadas a exportação aumentou em torno de R$ 25,00 a R$ 30,00 por tonelada. Já para os insumos, os valores subiram 100%. “Temos dois problemas, a safra que já foi negociada que não foi transportada e a safra atual que os prejuízos vão ficar com os produtores rurais”, diz a liderança.
As propriedades que fizeram a armazenagem da soja em silo bag têm até o início das chuvas para retirar os grãos. “Nós tínhamos que estar exportando a todo vapor, mas temos uma defasagem de logística e que pode afetar os preços da soja no mercado disponível”, destaca.
O Globo: Tabela de fretes limita escoamento e deve afetar exportações de grãos do Brasil em junho
Estoques estão relativamente baixos nos portos após a paralisação
RIO - A tabela de fretes instituída por medida provisória para atender os pedido dos caminhoneiros para acabar com os bloqueios de estradas que duraram mais de dez dias, está afetando os negócios e o escoamento de grãos brasileiros, o que deve ter impacto negativo nas exportações agrícolas do Brasil neste mês, na avaliação de representantes do agronegócio.
Com estoques relativamente baixos nos portos após a paralisação do transporte, uma redução agora no escoamento até os terminais tende a limitar os embarques neste mês, na avaliação da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que representa produtores no segundo maior estado agrícola do Brasil.
— Vai ter impacto nos embarques de junho, os estoques estavam baixos nos portos — disse o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra
A situação ocorre em um momento em que o país - maior exportador global de soja e o segundo de milho - ainda tem grande parte de sua safra recorde da oleaginosa para o escoar, sem falar da produção de cereal, cujas exportações tendem a ganhar ritmo no segundo semestre.
Questionado se os efeitos da tabela limitariam os embarques neste mês, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, afirmou que os embarques em junho serão menores:
— Hoje entendo que as exportações em junho devem cair em relação a junho do ano passado.
Como a tabela de frete elevou os custos em mais de 100% em algumas rotas, na comparação com os valores anteriores, aqueles produtores e empresas que não detêm transporte próprio estão enfrentando problemas para escoar os produtos aos portos de exportação, comentou Turra:
— A tabela de fretes ficou muito alta em relação ao preço que vinha sendo praticado anteriormente para o transporte de grãos, e ficou inviabilizado o transporte, principalmente para os contratos anteriores, que têm que usar a nova tabela.
O gerente da Ocepar explicou que, como a tabela prevê a remuneração do retorno do caminhão vazio, o que não era previsto anteriormente, isso quase dobra os custos:
— O que está acontecendo é que o pessoal está retendo as cargas, no caso de quem não tem caminhão próprio. As cooperativas, as grandes, a maioria tem um número pequeno para atender a demanda deles, esses estão transportando o que podem.
— Os demais (que não têm caminhão) estão aguardando a revisão da tabela da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Já teve reunião ontem (de ministros com o setor), e existe uma expectativa de que ainda hoje a tabela seja revista — acrescentou o gerente da Ocepar. (Leia mais em O Globo).
Comercialização da safra 2017/18 de soja atinge 73% da produção (Datagro)
No caso do milho verão, vendas alcançam 56% da produção, diz o analista de grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Júnior
A comercialização da safra brasileira 2017/18 de soja alcançou 73% da produção obtida, considerando a data de 01º. de junho, apontam dados do analista de grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Júnior. Segundo França Júnior, o percentual se encontra acima dos 61% registrados em igual período do ano passado e dos 70% da média das últimas cinco temporadas.
“A nova e extemporânea elevação dos preços durante maio foi à causa central para o disparo de volumosas negociações, depois do também forte avanço registrado em março e abril”, assinala o analista de grãos da DATAGRO, que prevê que a produção alcance 117,5 milhões de toneladas.
No tocante às vendas da safra 2018/19, a comercialização atingiu 11,3% da produção esperada [120,533 milhões de toneladas]. De acordo com França Júnior, o percentual se encontra acima dos 2,1% registrados em igual período do ano passado e dos 5,1% da média das últimas cinco temporadas.
Milho
Por sua vez, a comercialização da safra brasileira 2017/18 do milho verão atingiu 56% da produção obtida [26,210 milhões de toneladas], ainda considerando a data de 01º. de junho, percentual igual ao registrado no mesmo período do ano passado, e ligeiramente acima dos 55% da média das últimas cinco temporadas.
No caso do milho de inverno 2018 [segunda safra], as vendas alcançaram 46% da produção esperada [57,750 milhões de toneladas]. Segundo França Júnior, o percentual de comercialização do milho de inverno 2018 se encontra acima dos 38% de igual período de 2017, mas abaixo dos 50% da média dos últimos cinco ciclos. Pelos cálculos do analista de grãos da DATAGRO, a safra brasileira total de milho na temporada 2017/18 deve ficar próxima a 83,9 milhões de toneladas.
0 comentário
Soja volta a subir na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira, se ajustando após queda da sessão anterior
Complexo Soja: Óleo despenca mais de 3% na Bolsa de Chicago nesta 4ª e pesa sobre preços do grão
Óleo intensifica perdas em Chicago, cai quase 3% e soja vai na esteira da baixa nesta 4ª feira
USDA informa venda de mais de 420 mil t de soja nesta 4ª feira (20)
Importações chinesas de soja dos EUA em outubro sobem pelo sétimo mês
Preços da soja voltam a cair em Chicago nesta 4ª feira, com pressão do óleo e do dólar