Custos logísticos mais altos reduzem rentabilidade dos produtores no Tocantins
No estado do Tocantins, os produtores rurais estão preocupados com os altos custos de logística e deixam margens mais ajustadas aos agricultores. Contudo, as condições climáticas estão comprometendo o andamento da colheita da soja.
De acordo com o presidente da Aprosoja Tocantins, Maurício Buffon, as chuvas estão comprometendo o andamento da colheita da soja, tendo em vista que determinadas lavouras estão com encharcadas. “Nós últimos quinze dias, as chuvas acima da média prejudicaram os trabalhos nas lavouras. Na região 12% das áreas faltam ser colhidas ainda”, afirma a liderança.
Apesar dos problemas com as lavouras encharcadas serem pontuais, o clima afetou muitas áreas com perdas de qualidade na soja. “Está temporada tem um índice melhor de produtividade se comparada com as safras anteriores. Porém, os excessos de chuvas fizeram muitos produtores abandonarem as lavouras”, ressalta.
Em relação à sanidade das lavouras, o presidente destaca que apesar das chuvas acima de média os produtores fizeram o controle de doenças de fim de ciclo com aplicação de fungicidas. “Os produtores fazem o dever de casa, mas estamos preparados para fazer o monitoramento das áreas e aplicar os produtos”, diz.
Logística
Outro fator que preocupada os produtores é com as estradas que fazem o escoamento dos grãos, que deixa os preços da soja mais caro entre R$ 1,00 a R$ 2,00 por saca. “Atualmente, temos sérios atrasos tanto no porto Luzimangues que fica da cidade de Porto Nacional quanto de Colinas, na qual tem filas de agendamento de dois a três dias para agendar o descarregamento, e assim, aumento o frete”, comenta.
Comercialização
Na localidade, a média dos preços para a soja está em torno de R$ 70,00 a R$ 72,00 a saca. Os produtores fizeram novas negociações quando os preços atingiram os patamares de R$ 65,00 a saca. “Após os problemas na safra da Argentina, os agricultores foram vendendo e acredito que a safra atual deve ter apenas 10% sem ser comercializada”, aponta.
As referências futuras para o milho de segunda safra estão próximas de R$ 27,00 a saca, tendo em vista que nestes patamares deixam boas margens se a produtividade média ficar em torno de 80 sacas do grão por hectare.
Milho Safrinha
Por conta do atraso no plantio da soja, a janela de plantio do milho safrinha ficou comprometida, mas como tinham feito a aquisição dos insumos fizeram o cultivo do cereal. “Sem dúvida, a maioria dos produtores saíram fora da janela de plantio, já que fevereiro é o mês ideal. Até o momento, as lavouras vem se desenvolvendo muito bem”, comenta.
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