Com chuvas contínuas, colheita da soja está atrasada e chega a 22% em Mato Grosso do Sul
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Com chuvas contínuas, colheita da soja está atrasada e chega a 22% em Mato Grosso do Sul
DownloadAs chuvas contínuas também têm atrasado a colheita da soja da temporada 2017/18 no estado de Mato Grosso do Sul. Até o momento, cerca de 22% da área semeada com o grão foi colhida e a projeção é que a produção fique próxima de 8,7 milhões de toneladas neste ciclo, conforme levantamento da Aprosoja MS.
Apesar do cenário, o presidente da entidade, Juliano Schmaedecke, ressalta que os problemas com grãos avariados são pontuais e a produtividade média, até o momento, está satisfatória. "Se o tempo abrir não teremos tantos problemas com soja avariada. E o rendimento médio está acima de 60 sacas de soja por hectare", completa.
Contudo, os produtores seguem atentos ao aparecimento da ferrugem asiática, principalmente nas lavouras mais tardias. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o estado já possui 59 casos da doença confirmados. "Temos problemas com os percevejos também, mas se os produtores conseguirem controlar, teremos um 2018 muito parecido com 2017, que foi um ano bom", reforça Schmaedecke.
Confira as imagens das lavouras de soja:
Preços
Desde o início de fevereiro, as cotações subiram de R$ 57,00 a R$ 58,00 a saca para R$ 62,00 a R$ 64,00 a saca no estado. "São valores que já começam a remunerar e os produtores devem aproveitar e ir travando os custos. Sabemos que temos problemas na Argentina, mas no Brasil, as preocupações são pontuais e deveremos colher uma boa safra", acredita a liderança.
Milho safrinha
Em meio ao atraso no plantio da soja e agora na colheita, a janela ideal de cultivo do milho safrinha foi comprometida no estado. Em Mato Grosso do Sul, os produtores teriam até próximo de 10 de março para finalizarem os trabalhos de semeadura do cereal.
"Tudo irá depender do clima de agora em diante. Teremos uma safrinha mais exposta ao risco climático, já que com o cultivo após o dia 15 de março podemos ter perdas na produtividade pelo corte das chuvas e ainda com a possibilidade de geadas entre junho e julho. O milho irá tirar o sono do produtor", diz Schmaedecke.
Já os preços do cereal subiram e estão próximos de R$ 21,00 a R$ 23,00 a saca no estado. "Ainda são valores baixos, deveríamos ter cotações entre R$ 25,00 a R$ 27,00 a saca", finaliza o presidente da Aprosoja MS.
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