Lavouras de soja nos EUA ainda tem condições de produzir uma boa safra, alerta Aprosoja Brasil
O presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, esteve em uma missão nos Estados Unidos, a convite da DuPont. Juntamente com produtores brasileiros, ele visitou lavouras e conversou com produtores do país.
Ele conta que a região de Des Moines, no Iowa, carrega uma temperatura amena, com nuvens encobrindo as áreas ao longo do dia. Ele exemplifica a partir do milho, que é a cultura que mais sofre com a seca, para traçar um panorama da situação dos cultivos: as folhas estavam normais, mostrando uma umidade de solo também normal - "quando já seca violenta, o milho vira a folha ao lado contrário para se proteger do calor", conta.
As regiões mais afetadas pela seca, portanto, são as Dakotas e o Nebraska, que não são tão significativas na produção de soja e milho. Mais de 30% da qualidade das lavouras foi perdida quando foi necessário o replantio, o que justifica a ausência de uma superssafra para os Estados Unidos neste ano, mas um volume normal, de 110 milhões de toneladas, poderá ser atingido, como acredita o presidente.
Em conversa com os produtores, Rosa também identificou que há um problema de endividamento dos produtores norte-americanos, que trabalham com caixa apertado e dificuldade de renda. Desta conversa, ele concluiu que, mesmo enfrentando problemas semelhantes, o Brasil pode, sim, se tornar competitivo frente aos Estados Unidos. "Somos importantes para o mercado internacional. Essa é a conclusão", aponta.
Ele destaca a importância das entidades de produtores, como a Aprosoja, além dos próprios produtores, para uma melhora da situação brasileira, em termos produtivos.
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