Evolução da colheita e números recordes de produção nos EUA tiveram maior peso sobre cotações em Chicago e dia encerra negativo

Publicado em 05/10/2016 17:56
Novos números apontam para safra de 117 milhões de toneladas de soja na atual safra dos EUA

O dia de hoje (5) finalizou com uma queda de quase sete pontos para os vencimentos da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). No início da   semana, o mercado teve uma sessão favorável, com novembro chegando a trabalhar acima dos $9,70 por bushel, mas as últimas duas sessões devolveram esses ganhos, chegando agora a $9,56 por bushel.

De acordo com o analista de mercado Mario Mariano, da Novo Rumo Corretora, a demanda da China, que importou 2 milhões e 400 mil toneladas em uma semana, vinha segurando os preços na bolsa, mas hoje se confirmou mais um número da superssafra americana, que está estimada em 117 milhões de toneladas, o que significa uma produtividade média de 51 bushels por acre (57,8 sacas por ha).

Em contrapartida, a discussão na Argentina de redução de tributação de 30% na soja foi prorrogada para os anos de 2017 e 2018. Este fator, portanto, pode atrapalhar a oferta lentamente, o que oferece um suporte para os preços na CBOT.

A China, por sua vez, deverá estar ausente do mercado nos próximos dias devido ao Feriado Lunar, que dura uma semana, mas as compras já foram antecipadas.

O número da safra americana já teve seu papel cumpridor de baixas no mercado, assim como a demanda da China também ajudou a precificá-lo. A saída da China é um comportamento pontual e todos os traders e especuladores entendem que a antecipação fez com que o comportamento de demanda estivesse ativo.

Ao longo dos próximos 15 dias, o clima pode trazer efeitos sobre a colheita americana, que deve chegar a 80%, mas as perdas, segundo o analista, devem ser muito pequenas e é praticamente improvável que haja uma grande quantidade de área não colhida.

Neste cenário, o produtor brasileiro deve ter uma postura cautelosa. No mercado interno, o comportamento industrial está um pouco mais comprador, a medida em que as indústrias repõem seus estoques neste final de período, ao mesmo tempo em que o câmbio é favorável para a exportação do óleo e do farelo de soja, mas o mercado futuro ainda não estabeleceu um preço de equilíbrio para o produtor. Isso pode trazer uma decisão de venda um pouco mais tarde para a soja e para o milho, explica o analista.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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