Produtores finalizam o plantio da soja em Francisco Beltrão (PR) e seguem atentos ao clima
Na região de Francisco Beltrão (PR) os produtores finalizaram o plantio de soja e agora acompanham atentos ao clima para garantir o melhor desenvolvimento das lavouras.
A localidade - que inicia o plantio um pouco mais tarde em relação as outras áreas do estado - está com a estimativa de produzir 3 mil quilos do grão por hectare, mas o clima nublado pode comprometer o desenvolvimento da cultura na região. De acordo com o presidente do sindicato rural do município, Leonardo Mazzon Garcia, "não há o excesso de chuva que atrapalhe, mas o tempo nublado acaba prejudicando o desenvolvimento correto da planta, então torcemos que o sol volte e tempo fique firme para que tenhamos uma boa safra", destaca.
Paralelamente, os produtores também aproveitaram a valorização do câmbio que impulsionou os preços da soja no mercado físico, para avançar na comercialização antecipada do grão. Na região os preços da saca de 60 kg giram em torno de R$ 67,00 a R$ 68,00 e para Garcia ainda cobrem os custos de produção.
"Nós esperemos que esse preço se mantenha em alta para compensar todo o investimento que é feito nas lavouras", completa o produtor alertando para os altos custos de produção enfrentando nesta safra, também devido à valorização cambial.
Safrinha
A proibição da safrinha que já ocorre em alguns estados do país e que recentemente também foi adotada pelo Paraná tem causado muitas dúvidas entre os produtores.
Com a indefinição se poderão ou não cultivar a partir de 15 de maio, os produtores não avançam com o planejamento da safrinha. O novo calendário estabelece o período de semeadura entre 16 de setembro e 31 de dezembro, enquanto o prazo para colheita e/ou interrupção do ciclo será 15 de maio, quando todas as áreas precisam estar colhidas e/ou as plantas dessecadas.
"O produto mais debatido nesta questão é a soja, por conta da resistência da ferrugem, mas os outros produtos acabam entrando na discussão porque utilizar sempre os mesmos produtos também pode ocorrer esse risco. Então se debate essa questão de proibir todos os produtos ou não", destaca Garcia.
Segundo ele, a decisão deve sair nos próximos 15 dias.
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