Acesso aos portos do Norte através da BR-158 e melhor condição das estradas do estado estão entre as demandas de produtores no Leste de MT

A chapa “Aprosoja Forte” encabeçada pelo produtor rural de Nova Xavantina, Endrigo Dalcin, foi eleita com 60% dos votos na primeira eleição da entidade com duas chapas, realizada no último dia 09 de novembro. E para mostrar os desafios e proposta da nova gestão o Notícias Agrícolas está realizando uma série de reportagem com os representantes de cada região.

Nesta entrevista, o segundo vice-presidente da região leste, Marcos da Rosa, conta que um dos aspectos mais importantes para construir uma boa gestão neste biênio 2016/17 é ouvir as bases nas diversas regiões do estado.

"Todas as atividades da associação estão visando a renda do produtor rural, que vem sendo aperta nos últimos anos por diversos fatores, como por exemplo a logística", explica Rosa. No leste do MT, o acesso de boa qualidade aos portos do Norte, através da BR-158, é uma opção para redução dos custos com o transporte.

O objetivo da nova direção é buscar mecanismos junto aos órgãos competentes para melhorar a competitividade do setor, principalmente nas questões logísticas. Esses trabalhos, no entanto, já vêm sendo acompanhado pela Aprosoja, onde os eleitos darão continuidade.

Safra 2015/16

Influenciada pela atual ocorrência do fenômeno climático El Niño, que já foi considerado pela ONU o mais forte já registrado, a safra 2015/16 tem demonstrado diferentes condições de clima nas principais regiões produtoras do país. Enquanto que no Sul do país, o excesso de chuvas castiga as lavouras e impede a evolução do plantio, no Centro-Oeste ocorre o contrário, os produtores aguardam as chuvas.

Segundo relatos de produtores as precipitações que chegam ao estado são bastante irregulares e impedem a evolução do plantio. De acordo com Rosa, neste mesmo período do ano passado, o plantio da safra já estava finalizado na região leste.

No último boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o momento 83,7% da área total foi semeada. Porém, mesmo com a semeadura próxima do final, ainda há preocupação com as irregularidades climáticas e a necessidade de replantio em algumas áreas do Estado.

"Esse cenário irá causar um problema de produtividade com certeza, porque um replante nunca é igual a um plantio normal. E ainda pode correr o risco de novas secas durante o ciclo, então certamente teremos problema de produção no Estado do Mato Grosso", alerta Rosa.

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