Produtores de sementes participam das discussões sobre a área de refúgio para tecnologia BT e questionam a falta de consenso
O tamanho do refúgio dentro das lavouras com tecnologia Bt para milho, soja e algodão está sendo discutido por diversas entidades do setor.
A utilização de uma cultura transgênica resistente a insetos (Bt) sem a adoção das boas práticas pode acelerar a seleção de indivíduos tolerantes aos herbicidas no médio/longo prazo e, causar uma perda de rendimento nas lavouras.
Neste sentido, a chamada área de refúgio consiste na diversificação de plantio entre sementes geneticamente modificadas e convencionais, no intuito de preservar a eficácia da tecnologia de defesa. A função dessas áreas é produzir insetos suscetíveis às proteínas inseticidas Bt.
Por isso a discussão para determinar um percentual mínimo de refúgio para cada cultura é determinante para manter a eficácia das pesquisas. Segundo o secretário executivo da Abrass (Associação Brasileira dos Produtores de Sementes), Leonardo Machado, as associações estão buscando um acordo privado com as empresas detentoras da tecnologia.
"Hoje a recomendação é de 20% de refúgio para soja, milho e algodão, com uma distancia máxima de 800 metros", explica Machado.
Uma das principais polêmicas neste assunto é proporcionar sementes sem tecnologia, mas com o potencial produtivo semelhante às sementes Bt especificar de cada região, para que os produtores não tenham queda de rendimento.
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