Tempo seco paralisa plantio da soja da safra 2015/16 em Santa Rosa Del Monday (PY)

Publicado em 21/09/2015 11:36
Tempo seco paralisa plantio da soja da safra 2015/16 em Santa Rosa Del Monday (PY). Até o momento, cerca de 30% da área foi cultivada com o grão. Chuvas devem retornar à região no próximo final de semana. Com preços menores, percentual de negociação antecipada com a oleaginosa é baixo. Tonelada da soja disponível é cotada entre US$ 280 a US$ 290 por tonelada.

Com o tempo seco, os produtores rurais de Santa Rosa Del Monday, no Paraguai, paralisaram o plantio da soja da safra 2015/16. Até a semana anterior, pouco mais de 30% da área que será destinada ao grão nesta temporada já havia sido plantada. E, por enquanto, as previsões indicam o retorno das precipitações no próximo final de semana.

O produtor rural da região, Márcio Giordani Mattei, explica que não há uma preocupação nesse momento, uma vez que os agricultores estão dentro da janela de plantio. “E com as chuvas do final de semana poderemos voltar ao campo para seguir com os trabalhos de cultivo”, destaca.

Em relação aos custos de produção para essa safra, o produtor ressalta que estão mais altos em comparação com o ciclo anterior. Porém, o que mais preocupa é queda nos preços da soja no mercado internacional. “O arrendatário é quem está em uma situação pior, pois temos cotações baixas e aumento nos custos de produção. Com isso, precisaremos de muitos grãos para pagar as dívidas”, afirma Mattei.

Diante desse cenário, os produtores rurais estão cautelosos e poucos negócios antecipados foram realizados na região. Com as margens cada vez mais apertadas, os agricultores aguardam melhores oportunidades de negócios. “Precisamos de liquidez para pagar as contas e preços mais altos, mas, por enquanto, está tudo parado”, ratifica o produtor.

Enquanto isso, a soja disponível é cotada entre US$ 280,00 a US$ 290,00 a tonelada. Entretanto, poucos agricultores têm o grão disponível para realizar negócios.

Milho e trigo

No caso do milho, o Paraguai colheu uma boa produção, contudo, os preços baixaram e giram ao redor de US$ 70,00 por tonelada e não cobre o custo de produção. “Os produtores que puderem irão segurar o produto, mas a expectativa não é muito boa, já que o grande consumidor do nosso produto é o Brasil e os preços estão bons no mercado interno brasileiro”, explica Mattei.

No trigo, as lavouras semeadas primeiramente sofreram com o excesso de chuvas. “Os cultivados mais tarde apresentam qualidade melhor, entretanto o rendimento não ficar acima de 2.500 quilos por hectare. Já os custos estão próximos de US$ 450 por hectare e preços estão próximos de US$ 120 a US$ 130 por tonelada e não paga o custo”, finaliza o produtor.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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