Em Tapurah (MT), custos de produção da soja estão até 16% mais altos e plantio deve iniciar em outubro
O vazio sanitário para a cultura da soja termina no próximo dia 15 de setembro no estado de Mato Grosso. Na região de Tapurah, boa parte dos agricultores já adquiriram os insumos para a próxima temporada. Contudo, o atraso na entrega, especialmente dos adubos preocupa os produtores.
O presidente do Sindicato Rural do município, Silvésio de Oliveira, explica que, o atraso na liberação do custeio agrícola, também impactou nas compras dos insumos. “Com isso, temos que torno de 50% dos insumos para serem entregues na região. Acreditamos que a situação seja normalizada ao longo do mês de setembro”, completa.
Além desse cenário, o presidente ainda sinaliza que os custos de produção subiram entre 15% a 16% por hectare nesta temporada. Isso porque, na safra passada, os agricultores gastaram média R$ 2.450,00 por hectare para realizar o plantio da oleaginosa. Para a temporada 2015/16, a projeção é de R$ 2.800,00 a R$ 2.900,00.
“Essa situação preocupa, uma vez que os preços da commodity em dólar caíram. Então existe uma grande apreensão em relação à rentabilidade esse ano e com a liquidez da próxima safra. E diante desse quadro, a perspectiva é de uma redução nos investimentos. O produtor deverá utilizar uma reserva de fertilidade no solo para diminuir os custos”, afirma Oliveira.
Paralelamente, a redução dos investimentos já levanta preocupações em relação à produtividade das lavouras. Ainda assim, a estimativa é de manutenção na área destinada ao grão nesta safra. Já a semeadura deve ter início em meados de outubro após as primeiras chuvas.
Comercialização
Enquanto isso, alguns negócios foram feitos na região, com a saca da soja entre R$ 55,00 a R$ 60,00. Os valores ainda deixam uma margem ajustada aos produtores, conforme destaca o presidente. “O agricultor colocou o pé no freio para que consiga atravessar esse ano com baixa rentabilidade ou nenhuma rentabilidade”, acredita.
Em relação ao dólar, o presidente ainda ressalta que, o câmbio tem contribuído para os preços da soja em reais. No entanto, a orientação ainda é de cautela, com investimentos mínimos na tentativa de reduzir os custos, de acordo com o presidente.
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