Safra 2015/16: Custo de produção da soja no RS pode subir de 49 para 54/ha e orientação é de mínima exposição aos riscos

Publicado em 12/05/2015 09:38
Safra 2015/16: Custos totais de produção da soja no RS devem passar de 49 para 54 sacas/ha e quadro preocupa. Aumento da produtividade fica comprometido com a dificuldade de novos investimentos e margem do agricultor se mostra cada vez mais ajustada. Orientação é travamento dos custos e da renda, além de mínima exposição ao risco.

Os custos de produção para a safra 2015/16 de soja no Rio Grande do Sul, também deve sofrer um aumento significativo, assim como em outros estados produtores.

De acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), para cobrir o custo de produção na safra 2014/15, o produtor gaúcho precisou colher 49 sacas por hectare. Neste ano a estimativa da Farsul é que esse volume salte para 54 sc/ha. "São 5 sacas que precisamos ter, em cima de uma safra que foi recorde de produtividade", afirma Antônio da Luz, economista da Federação.

No total, os produtores deverão gastar cerca de R$ 195,00 por hectares com defensivos agrícolas. A expectativa é que a safra 2015/16 tenha um cenário de preço baixo em Chicago, nível de preços "razoáveis" no mercado interno - por conta do dólar - e elevação significativa nos custos de produção.

"Em um cenário como esse, a nossa recomendação é que o produtor trave mais do que ele costuma fazer. Surgiu a possibilidade de travar os custos, mas para isso ele terá que travar a venda junto - se ele fazia isso com 30% da lavoura, talvez neste ano seja um momento para aumentar", considera Luz.

Em relação à safra 2014/15, o economista afirma que teremos uma nova temporada de rentabilidade baixa, por isso é preciso que o produtor busque alternativas para minimizar riscos e reduzir custos na produção.

Segundo ele, desde o início a Farsul foi favorável às políticas de ajuste fiscal, no entanto, até o momento muito pouco foi feito para reduzir os gastos do governo. "Nós precisamos de cortes importantes nos setores públicos, para que o produtor, por exemplo, não enfrente um PIS/COFINS sobre importados que vai afetar o custo de manutenção, que ele não enfrente um IOF mais alto que vai impactar o custo financeiro, para que ele não tenha os juros subindo para níveis absurdos. Afinal de contas o spread bancário não pode ser o mesmo dado ao produtor, já que neste ano ele vai pagar a maior parte do custo financeiro", declara Luz.

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Tags:
Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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