Opções a futuro dão ao produtor a liberdade de escolher entre ser escravo ou ter o destino nas mãos

Publicado em 22/03/2021 16:33 e atualizado em 22/03/2021 18:14
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Rabobank eleva previsão de safra de soja do Brasil e projeta nova alta em 21/22

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SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil em 2020/2021 deve alcançar um recorde de 133 milhões de toneladas, estimou nesta segunda-feira o Rabobank, que elevou em 500 mil toneladas sua estimativa de produção e apontou condições favoráveis para novo crescimento da colheita em 2021/22.

"Mesmo com chuvas irregulares desde o início da semeadura que persistem durante a colheita, o Rabobank estima que a safra de soja deva alcançar níveis recordes durante a temporada 2020/21", afirmou o banco em relatório, lembrando que houve um aumento de 3,5% na área plantada na atual temporada.

Apesar da safra recorde, os estoques de passagem em 2021 devem permanecer em baixos níveis, reduzidos pela exportação e esmagamento.

"Os elevados preços que vêm sustentando uma margem atrativa, indicam um aumento da área de soja para a temporada 2021/22", disse o Rabobank, projetando uma expansão na área plantada de 3,1% a 3,6% em relação à safra atual.

O banco ressaltou que suas projeções indicam um aumento de 7% a 8% do consumo de ração animal durante o ano de 2021.

"Parte deste aumento deve acontecer pela retomada da demanda por ração animal do setor de suínos, que deve ter um aumento de 11% em 2021, se comparado a 2020."

O banco ainda estimou a safra de café do Brasil em 2021 em 56,2 milhões sacas de 60 kg, estável ante projeção anterior, apontando 36 milhões de sacas para a colheita da variedade arábica, cuja safra terá redução de 26,5% ante 2020.

"Dependendo do desenvolvimento dos grãos, novas reduções não estão descartadas. Paralelamente, existe uma grande preocupação sobre a qualidade da safra devido à irregularidade das chuvas durante o ciclo", afirmou.

Já a moagem de cana do centro-sul do Brasil foi estimada preliminarmente em 575 milhões de toneladas em 2021/22, com mix de 47% para açúcar, segundo o Rabobank.

"Mesmo com as condições de mercado favoráveis, o impacto do clima na nova safra que permanece incerto. Em fevereiro, a precipitação em quase todas as principais regiões de cana no centro-sul ficou bem abaixo do normal e o risco de que a produtividade do canavial seja prejudicada, depois da seca prolongada em 2020, voltou a preocupar", disse o Rabobank.

Plataforma de comércio eletrônico Nuvemshop capta R$ 500 milhões de investidores

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SÃO PAULO (Reuters) - A plataforma aberta de comércio eletrônico Nuvemshop anunciou nesta segunda-feira que recebeu um investimento de 500 milhões de reais para financiar seu projeto de expansão pela América Latina e fortalecer sua base de lojistas.

A rodada, liderada pelo fundos Accel Partners, ThornTree Capital Kaszek, Qualcomm Ventures, além do investidor Kevin Efrusy, acontece apenas cinco meses após uma captação anterior, de 30 milhões de dólares.

A companhia não citou em quanto foi avaliada com a nova captação, mas afirma que o negócio a torna um dos próximos unicórnios do país, jargão do mercado usado para startups com valor de mercado de 1 bilhão de dólares.

Criada em 2010, a Nuvemshop tem hoje uma rede de cerca de 75 mil lojistas distribuídos por Brasil, Argentina e México. Com o novo aporte, planeja expandir ainda neste ano para Colômbia, Chile e Peru.

Diferente de gigantes como Amazon e Mercado Livre, que montaram estruturas próprias de logística e de finanças e têm cada vez mais investido em conteúdo e serviços próprios, a Nuvemshop usa um sistema que permite que os lojistas escolham seus próprios parceiros para entregas e pagamentos.

"E operamos como uma white label, para que os lojistas reforcem suas próprias marcas", disse à Reuters Santiago Sosa, presidente e co-fundador da Nuvemshop. "O marketplace faz os vendedores se sentirem uma commodity."

Embora tenha seu próprio braço de pagamentos, o Nuvem Pago, que deve ser reforçado agora com o aporte, Sosa diz que o serviço é apenas uma opção para clientes que buscam taxas menores do que as cobradas por rivais para antecipar recebíveis.

Com os novos recursos, a Nuvemshop também pretende acelerar a captação de lojistas e surfar a onda do comércio digital no Brasil, que segundo especialistas, deve durar muitos anos.

De acordo com números do setor, o comércio eletrônico representou cerca de 10% das vendas no varejo brasileiro em 2020, o dobro do ano anterior, impulsionado pelo isolamento social para conter a pandemia da Covid-19. Mas a perspectiva de especialistas é de que essa evolução prossiga nos próximos anos, até atingir nível similar ao da China, onde chegou a 50% das vendas.

"Esperamos crescer mais de 20 vezes nos próximos 5 anos", disse Sosa, prevendo para este ano que a Nuvemshop registre 7 bilhões de reais em vendas de clientes na América Latina, o dobro do registrado em 2020, que cresceu 280% sobre 2019.

De forma mais imediata, o plano da empresa envolve ampliar o quadro de funcionários, hoje em 400, para 2 mil até 2023. Com os recursos de uma outra captação mais adiante, prevê também desenvolver uma estrutura logística própria, enquanto se prepara para listar ações nos Estados Unidos.

"Mas temos muitas coisas para resolver primeiro", afirmou.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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