86% da população não conseguem trabalhar em casa. Mas os que vivem na "bolha" querem o lockdown

Publicado em 22/03/2021 16:26 e atualizado em 22/03/2021 18:00
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Bolsonaro diz que não vai mudar discurso nem defender lockdown

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que ainda não foi convencido a mudar seu discurso sobre o combate à pandemia da Covid-19 e não defenderá medidas como um lockdown nacional.

Em discurso em evento no Palácio do Planalto para assinar a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Básico (Fundeb), Bolsonaro afirmou que a epidemia não pode "continuar sendo politizada" no país e que não foi convencido ainda a ser "mais maleável" ou a "ceder".

"Me chamam de negacionista ou de ter um discurso agressivo, mas lockdown não deu certo", afirmou. "Parece que só no Brasil está morrendo gente."

Neste final de semana, um conjunto de mais de 500 empresários e economistas divulgaram uma carta com duras críticas à condução do combate à epidemia pelo governo e cobrando medidas mais eficientes, entre elas ações de distanciamento social, uso de máscaras e advertem que sem uma coordenação nacional a economia do país irá se deteriorar ainda mais por causa da pandemia.

Em sua fala, Bolsonaro afirmou que "não estava mandando recado a ninguém". Mas, em seguida, afirmou que é preciso "destruir o vírus, e não atacar o governo".

Balança comercial tem superávit de US$ 1,189 bi na 3ª semana de março

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(Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,189 bilhão de dólares na terceira semana de março, o que elevou o resultado do acumulado do mês para 1,268 bilhão de dólares, mostraram dados do Ministério da Economia nesta segunda-feira.

Na terceira semana do mês, as exportações somaram 5,004 bilhões de dólares, ao passo que as importações totalizaram 3,815 bilhões de dólares.

Pelas médias diárias, as exportações cresceram 20% na terceira semana sobre o mesmo período do ano passado, enquanto as importações aumentaram 15,6%.

Em março até a terceira semana, as exportações totalizaram 15,808 bilhões de dólares (+26,4% pela média diária), e as importações ficaram em 14,540 bilhões de dólares (+46,9%).

No acumulado de 2021, o saldo comercial brasileiro é de 1,435 bilhão de dólares, resultado de 46,939 bilhões de dólares em exportações e de 45,504 bilhões de dólares em importações.

O superávit comercial da parcial de 2021 é 62,5% inferior ao do mesmo intervalo de 2020, considerando a média diária, com o aumento das importações (+21,1%) superando o das exportações (+13,4%).

Casos novos de Covid-19 aceleram na França mesmo com novo lockdown

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PARIS (Reuters) - A quantidade de casos novos de Covid-19 na França acelerou mais, apesar do início de um terceiro lockdown no final de semana, e o número de pessoas em unidades de tratamento intensivo atingiu uma nova alta de quatro meses, mostraram dados do Ministério da Saúde.

O país relatou 15.792 casos novos de coronavírus nesta segunda-feira, mais do que o dobro dos 6.471 relatados na segunda-feira passada e o maior número de uma segunda-feira desde o pico da segunda onda, no começo de novembro.

Normalmente, a quantidade de infecções de Covid-19 nas segundas-feiras é uma fração daquela registrada em outros dias devido à falta de exames e registros nos finais de semana.

O número de pessoas com Covid-19 em UTIs aumentou em 142, o maior aumento diário deste ano, e chegou a 4.548, a nova máxima de 2021. Durante o segundo lockdown, um máximo de 4.919 pessoas ocupava UTIs em meados de novembro.

Os casos novos elevam o total cumulativo de infecções registradas na França desde o início da pandemia a 4,29 milhões. Eles representam um aumento semana a semana de mais de 5%, a 14ª elevação consecutiva na taxa semana a semana, que estava em menos de 4% em 9 de março.

A França também registrou mais 343 mortes, o que eleva o total oficial de fatalidades da Covid-19 a 92.621.

Laboratórios deveriam licenciar vacinas contra Covid para superar desigualdade, diz OMS

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GENEBRA (Reuters) - Mais laboratórios produtores de vacinas contra a Covid-19 deveriam seguir o exemplo da AstraZeneca e permitir o licenciamento de suas tecnologias para outros fabricantes, disse o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira, ao descrever a desigualdade das vacinas como "grotesca".

O diretor-geral da OMS observou que a AstraZeneca anunciou mais cedo que os dados preliminares de ensaios clínicos mostraram que a vacina, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, é 79% eficaz na prevenção de casos sintomáticos de Covid-19 e, principalmente, não apresentou riscos de aumento de coágulos sanguíneos.

"Esses dados são mais uma evidência de que a vacina da AstraZeneca é segura e eficaz", disse Tedros em entrevista coletiva.

Índia tem dia com maior número de casos e mortes por Covid em quase 5 meses

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NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia relatou a maior quantidade de casos e mortes de Covid-19 dos últimos meses nesta segunda-feira, o dia que marca o início de uma quarentena nacional caótica que deixou muitas pessoas desempregadas e encolheu a economia.

Autoridades readotaram algumas restrições para desacelerar a disseminação do vírus, especialmente em Maharashtra, Estado do oeste que responde por quase dois terços das 46.951 infecções novas e a maioria das 212 mortes.

Alguns hospitais dos distritos mais afetados do país começaram a sofrer com a falta de leitos, e existe um clamor crescente para que a campanha de imunização seja ampliada para alcançar mais pessoas, ao invés de somente os idosos e os que sofrem de outros problemas de saúde.

Com o maior aumento de casos desde o começo de novembro, o total da Índia passou de 11,65 milhões, só inferior às cifras de Estados Unidos e Brasil. O aumento de óbitos foi o maior desde o início de janeiro e elevou o total a 159.967.

Em algumas partes da Índia, a maioria das pessoas continua saindo sem máscara e ignorando os alertas de distanciamento social, inclusive políticos em campanha em quatro Estados onde eleições começarão no final deste mês.

O Ministério da Saúde também alertou que uma grande aglomeração de devotos de um festival hindu poderia provocar uma disparada de casos, à medida que pessoas de todo o país se reúnem nas margens do Rio Ganges em Haridwar, cidade sagrada do norte.

Autoridade locais dizem esperar 150 milhões de visitantes no Mahakumbh, que dura semanas -- o festival começou neste mês e chega ao auge em abril. O evento é realizado uma vez a cada 12 anos, e muitos hindus acreditam que se banhar no rio durante este período absolve as pessoas do pecado.

A disparada de casos de Covid-19 também chama atenção para o índice baixo de imunização da Índia na proporção com a população, apesar de o país ser o maior fabricante mundial de vacinas.

A Índia administrou mais de 44 milhões de doses desde que iniciou sua campanha de vacinação, em meados de janeiro, mas quer cobrir 300 milhões de seu 1,35 bilhão de habitantes até agosto.

O país doou ou vendeu mais de 60 milhões de doses de vacinas a 76 países, dizendo que alguns carregamentos são necessários para cumprir obrigações contratuais.

Enquanto a procura por vacinas aumenta em casa, o Instituto Serum da Índia (SII), o maior fabricante do país, adiou remessas adicionais da vacina da AstraZeneca ao Reino Unido, ao Brasil, à Arábia Saudita e ao Marrocos.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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