Renato Dias: Pesquisa da BTG (Exame/Ideia) mostra Bolsonaro à frente, e venceria Lula com 12 pontos no 2.o turno

Publicado em 12/03/2021 16:06 e atualizado em 12/03/2021 17:29
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

EXAME/IDEIA: Bolsonaro seria reeleito com ao menos 7 pontos de vantagem contra Lula ou Huck em 2022

A sondagem é a primeira feita após decisão do ministro do STF, Edson Fachin, que anulou todas as condenações contra Lula e devolveu seus direitos políticos

Se a eleição presidencial fosse hoje no Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) seria reeleito para mais quatro anos de mandato. No primeiro turno, ele tem vantagem de 12 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já em um eventual segundo turno, o atual presidente aparece com pelo menos sete pontos de vantagem contra Lula e contra o apresentador Luciano Huck (sem partido), os candidatos que mais rivalizam com Bolsonaro. 

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.000 pessoas entre os dias 10 e 11 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

A sondagem é a primeira feita após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou todas as condenações de Lula na Lava Jato de Curitiba. Entre os entrevistados, 73% disseram que tiveram conhecimento do julgamento do ministro do STF.

A decisão tornou o ex-presidente apto a concorrer novamente ao Palácio do Planalto. Mesmo dizendo que não sabe se será candidato, Lula fez um discurso, na quarta-feira, 10, em tom de disputa.

“Jair Bolsonaro segue favorito, mas não será simples nem para ele nem para o ex-presidente Lula. Há uma demanda evidente de opinião pública por uma terceira via. Maior mesmo se comparada aos tempos da polarização PT-PSDB. Só falta a oferta”, avalia Maurício Moura, fundador do IDEIA.

A pesquisa EXAME/IDEIA testou três cenários de primeiro turno, todos incluindo Bolsonaro e Lula. Nas sondagens, os dois são os que mais têm chances de irem a um eventual segundo turno. A pesquisa também perguntou se ambos merecem mais um mandato no comando do Brasil. Para 48%, Bolsonaro não merece um segundo mandato, enquanto 46% acham que Lula é quem não merece um terceiro mandato.

 (Arte/Exame)

Na sondagem de segundo turno, foram testados quatro possíveis cenários. Em uma disputa entre Bolsonaro e Lula, o cenário é de 44% a 37%, respectivamente. Já contra Huck, Bolsonaro tem 46% e o apresentador, 37%. Quando o nome do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) aparece, ele recebe 34% das intenções de voto e o presidente, 45%. Contra o governador de São Paulo (PSDB), Bolsonaro tem 47%, e João Doria, 26%.

Maurício Moura destaca que, para crescer nas pesquisas, o ex-presidente Lula precisa conquistar a população com maior renda. “Além disso, para 54% dos brasileiros a anulação da sentença de Lula foi injusta. O consenso no imaginário da opinião pública sobre sua inocência é minoritário. O PT e Lula terão de reconquistar a classe média”, afirma.

XP/Ipespe aponta aumento de reprovação à atuação de Bolsonaro frente à Covid-19 e de percepção do risco da doença

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação negativa da atuação do presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus, assim como a percepção sobre o risco da doença cresceram em março, apontou pesquisa XP/Ipespe, que também demonstrou aumento da parcela que desaprova a direção da economia e ainda uma confirmação da tendência de queda da popularidade do governo em geral.

Segundo o levantamento, a avaliação do governo como "ruim ou péssima" oscilou de 42%, em fevereiro, para 45% em março. Os que avaliam a administração como "ótima" ou "boa" passou de 31% para 30%. A trajetória de alta na avaliação negativa vem se desenhando desde outubro de 2020, quando estava em 31%.

A sondagem tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

Quando o assunto é a atuação do presidente no enfrentamento ao coronavírus, 61% a avaliam como "ruim" ou "péssima". Em fevereiro eram 53%. Para 18% ela é "ótima" ou "boa", mesmo patamar registrado para os que a avaliam como "regular". Em março, esses dois grupos contabilizavam 22%.

Em relaão à percepção sobre o risco do novo vírus, cresceu o número dos que responderam estar com "muito medo" de 39%, no mês passado, para 49% em março. Outros 30% disseram estar "com um pouco de medo", frente a 36% em fevereiro, e 18% disseram não estar com medo --em fevereiro eram 24%.

Já sob o aspecto econômico, 63% dos entrevistados responderam que a economia do país está "no caminho errado" neste momento. Em fevereiro, eram 57%. Os que consideram que ela está no "caminho certo" somam 27%, ante 30% em março.

ELEIÇÕES

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com 800 pessoas entre os dias 9 e 11 deste mês, portanto após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou as condenações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e devolveu sua elegibilidade.

Neste novo contexto, em um cenário estimulado, em que é apresentada uma lista aos entrevistados, Bolsonaro tem 27% das intenções de voto, enquanto Lula (PT) alcança 25%, seguidos do ex-ministro Sergio Moro, com 10%, Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Luciano Huck, com 6%.

Um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro registraria o presidente com 41%, e o petista com 40%, segundo o levantamento.

Nas demais simulações de segundo turno, Bolsonaro mantém a liderança à frente de Fernando Haddad, Huck, e Ciro, além de Guilherme Boulos (PSOL) e do governador de São Paulo João Doria (PSDB). Quando o adversário é Moro, Bolsonaro fica numericamente em desvantagem.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Exame/Reuters

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