Oposição, sem discurso, tenta domingo recuperar o "#ELENÃO" (2)
Bolsonaro, sobre manifestações contrárias: grupos terroristas começam a aparecer (Estadão)
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, sobre as manifestações contrárias ao seu governo no último domingo (31), que "grupos terroristas começaram a aparecer e se adensar no Brasil".
Segundo o presidente, os manifestantes adotam táticas conhecidas como "black blocks" e são, na verdade, terroristas. "Não conseguimos tipificar como "terroristas" no passado porque - e isso veio da época do governo Dilma - colocaram uma vírgula dizendo 'exceto grupos sociais'. Lamentamos."
De acordo com o presidente, o movimento que se intitula como "antifascista" - ou na sigla "antifas" - adotou um nome fantasia para "black blocks".
'Quer tomar cloroquina, tome; não quer, não perturbe quem queira tomar'
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo o presidente, "não tem outro remédio" para a doença, "só a cloroquina".
Repetindo a retórica usada em transmissões passadas, Bolsonaro disse a quem não quer tomar a medicação que não busque impedir quem quer fazer uso da hidroxicloroquina. "Temos relatos de muita gente que se sentiu bem depois de tomar a hidroxicloroquina. Quer tomar, tome, não quer tomar, não perturbe quem queira tomar", argumentou o presidente da República.
Bolsonaro também reafirmou ser contrário ao aborto e garantiu que "se depender da minha caneta Bic, não tem sanção", caso o Congresso ampliasse as possibilidades para o aborto legal.
Planalto avalia convocar Força Nacional para manifestação de domingo, diz O Antagonista
O Palácio do Planalto avalia a necessidade de convocar a Força Nacional para as manifestações do próximo domingo.
A inteligência do Ministério da Justiça identificou convocação de atos pró e contra o governo de Jair Bolsonaro para esse dia, e o presidente está preocupado com um possível confronto entre manifestantes.
O Antagonista apurou que convocação será definida nesta sexta-feira (5), após duas reuniões entre representantes do Ministério da Justiça, do GSI e da Secretaria de Segurança Pública do DF.
A Força Nacional é convocada para "preservar a ordem pública e a incolumidade de pessoas e do patrimônio". Se chamada, atuará junto com a Polícia Militar do DF nas manifestações.
O tema foi debatido nesta quinta-feira (4) entre Bolsonaro e o secretário de Segurança do DF, Anderson Torres. Em uma visita surpresa, o presidente encontrou Torres e pediu que as forças de segurança de Brasília atuem nas manifestações e conversou também sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública. (Leia mais em O Antagonista)
Bolsonaro não corre risco de ser protegido ou perseguido pelo TSE, diz Barroso
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Jair Bolsonaro não corre o risco de ser protegido ou perseguido pela corte, às vésperas do julgamento do tribunal de duas ações que pedem a cassação da chapa formada por Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão.
Barroso destacou que o TSE não é um ator político e não vai salvar nem segurar o mandato de alguém com base no grau de sustentação política.
"Faremos o que for certo com base na prova dos autos", disse o presidente do TSE, em entrevista à CNN Brasil.
Segundo Barroso, o tribunal fará a Justiça que considerar correta e não fará política seja de um lado ou de outro.
O presidente do TSE --que também integra o Supremo Tribunal Federal-- disse que agentes públicos, que juram defender a Constituição, não podem defender o fechamento do Congresso e do Supremo.
TSE retoma julgamento de ações que apontam abuso eleitoral pela chapa Bolsonaro-Mourão
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta do plenário do TSE da próxima terça-feira o julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa presidencial Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão nas eleições de 2018 por supostos ataques cibernéticos em grupo de Facebook para beneficiá-los, informou a assessoria de imprensa do órgão.
A análise do caso foi iniciada em novembro do ano passado, quando o relator das ações, ministro Og Fernandes, votou para rejeitá-las. Na ocasião, o ministro Edson Fachin pediu vista dos processos. Agora o julgamento será retomado com o voto dele.
As duas ações foram movidas pelas chapas presidenciais encabeçadas por Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL). Os casos referem-se ao ataque de hackers de uma página no Facebook intitulada "Mulheres Unidas contra Bolsonaro".
As ações afirmam que, durante a campanha, a página --que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas-- sofreu ataque de hackers que alteraram o conteúdo. Citaram ainda que Bolsonaro agradeceu a postagem, após a modificação do conteúdo.
O TSE têm ainda outras seis ações que questionam a chapa presidencial vitoriosa.
Zambelli se recusa a responder perguntas na PF e diz que está sendo perseguida
Zambelli foi chamada a prestar esclarecimentos no âmbito do inquérito das fake news, aberto em março do ano passado para apurar notícias falsas, ameaças e ofensas dirigidas a autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. A deputada classificou o inquérito como inconstitucional e defendeu ele seja suspenso. Ela disse ainda que as perguntas dos investigadores 'foram feitas sem contextualização de data'.
Ao contrário de outros suspeitos intimados pela Justiça, como o blogueiro Allan dos Santos e a ativista de extrema-direita Sara Winter, que não compareceram aos depoimentos, a deputada se apresentou aos policiais. "Estou fazendo questão de vir aqui hoje para mostrar que eu não tenho nada a esconder", declarou.
A Polícia Federal montou um esquema para ouvir os 29 alvos da investigação durante esta semana, mas não teve sucesso. A maioria deles se recusou a falar alegando que seus advogados não tiveram acesso ao teor completo das acusações. Em despachos proferidos na sexta, 29, e na segunda, 1º, o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito, determinou que as defesas dos investigados agenciassem horários junto a seu gabinete para retirar cópias do processo, que não foi disponibilizado on-line em razão do sigilo da investigação.
Na semana passada, o inquérito fechou o cerco contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Deputados, blogueiros, ativistas e outros bolsonaristas tiveram documentos, celulares e computadores apreendidos pela PF. O Planalto, através do Ministro da Justiça, André Mendonça, enviou ao STF habeas corpus em favor dos aliados. O pedido deve ser analisado pelo Plenário da Corte na próxima sexta-feira, 12.
Antes disso, na quarta, 10, o Supremo deve analisar outra manifestação, esta do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, pela suspensão temporária das investigações. Desde o início, o inquérito sofreu forte oposição do Ministério Público Federal (MPF), então chefiado por Raquel Dodge, por ter ter sido iniciado de ofício (sem provocação de outro órgão) pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. O caso é atípico, porque a Justiça brasileira preserva o princípio acusatório, ou seja, um órgão apresenta a denúncia e outro julga. No inquérito das fake news, contudo, o próprio Supremo, que foi alvo dos ataques e notícias falsas, determinou a abertura das investigações e vai julgar os crimes.
Os questionamentos do MPF ao Supremo cessaram após a posse de Augusto Aras. Quando assumiu a chefia do órgão, em setembro, o PGR disse que Toffoli, ao determinar a abertura da apuração, 'exerceu regularmente as atribuições que lhe foram concedidas' pelo Regimento Interno do STF. Agora, Aras mudou de ideia e se manifestou pela suspensão das investigações em uma ação apresentada pela Rede Sustentabilidade que, em outubro, ele próprio já havia desprezado.
Dobradinha
Este é o segundo depoimento de Carla Zambelli à Polícia Federal em menos de um mês. No dia 13 de maio, a deputada se apresentou para prestar esclarecimentos sobre uma troca de mensagens com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A conversa foi apresentada por ele como prova nas investigações que também correm no STF para apurar se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente da PF para blindar aliados de investigações.
Ao tomar conhecimento do pedido de demissão iminente de Sérgio Moro que, diante da sinalização de troca do comando da Polícia Federal pelo presidente, decidiu deixar o governo, a deputada tenta convencê-lo a ficar no cargo e se prontifica a falar com o presidente sobre indicá-lo a uma vaga no STF. Ao que o ex-ministro responde 'não estar à venda'. Para Moro, a proposta deixou clara a tentativa de silenciá-lo diante dos desvios de Bolsonaro. A deputada, por sua vez, alega que queria apenas que o ex-juiz federal continuasse fazendo um bom trabalho no governo.
MPF pede arquivamento de segundo inquérito sobre atentado a Bolsonaro
O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou a favor do arquivamento provisório de um segundo inquérito sobre o atentado a faca que o presidente Jair Bolsonaro sofreu em 6 de setembro de 2018. Nesta segunda investigação, é apurado se, além de Adélio Bispo dos Santos, outras pesssoas participaram do crime.
Na manifestação enviada à Justiça Federal em Juiz de Fora, a Promotoria concluiu que Adélio "concebeu, planejou e executou sozinho o atentado".
Segundo o inquérito, Adélio já estava em Juiz de Fora quando o ato de campanha foi programado, não mantinha relações pessoais com nenhuma pessoa na cidade, tampouco estabeleceu contatos que pudessem ter exercido influência sobre o atentado. A investigação também apontou que o acusado "não efetuou ou recebeu ligações telefônicas ou troca de mensagens por meio eletrônico com possível interessado no atentado ou relacionadas ao crime", diz comunicado do MPF.
Os investigadores também vasculharam as contas bancárias de Adélio e familiares. "Não houve nenhuma movimentação financeira incompatível com suas atividades trabalhistas ou com os respectivos padrões de vida. Além disso, não foram recebidos valores atípicos ou de origens desconhecidas", diz o texto.
Para ser confirmado, o pedido de arquivamento ainda depende de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para serem concluídas diligências, como a identificação da origem dos honorários alegadamente pagos para a defesa de Adélio.
"Nesta investigação, também não há suspeita de participação dos advogados na infração penal. E a identificação da origem dos honorários alegadamente contratados faz-se igualmente necessária à completa elucidação do fato. Trata-se da linha de investigação ainda pendente, em coerência com a orientação de exaurimento de todas as hipóteses cogitadas", diz a manifestação.
Weintraub deve prestar depoimento à PF em caso de racismo nesta 5ª
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem depoimento marcado para as 15h desta quinta-feira, 4, no edifício sede da Polícia Federal, em Brasília, no caso em que é investigado por suposto racismo. Será a segunda vez que policiais tentam ouvi-lo no intervalo de uma semana, mas por motivos diferentes.
O inquérito no qual Weintraub deve prestar o depoimento de hoje foi aberto em abril, após o ministro postar mensagem no Twitter em que trocava as letras "r" por "l", ridicularizando o sotaque de alguns chineses ao falar português. Na postagem, o titular da Educação insinuava que a China vai sair "fortalecida" da crise causada pelo coronavírus.
"Quem são os aliados no Brasil do plano infalível do Cebolinha (personagem criado por Maurício de Sousa) para dominar o mundo?", dizia a postagem Weintraub, que ele apagou depois. Na publicação, o ministro usou uma imagem dos personagens da Turma da Mônica ambientada na Muralha da China e fez referência ao modo de falar de Cebolinha, o que indicaria que se trata dos chineses.
Weintraub havia requisitado ao STF permissão para escolher data e horário em que seria ouvido, mas o ministro do Supremo Celso de Mello negou o pedido nesta quarta-feira, 3. O decano da Corte apontou que essa prerrogativa só vale para testemunhas e vítimas - e Weintraub é investigado.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, disse no pedido de investigação enviado ao Supremo que as "peças de informação" revelam que o ministro da Educação "teria veiculado e posteriormente apagado manifestação depreciativa, com a utilização de elementos alusivos à procedência do povo chinês, no perfil que mantém na rede social Twitter".
Após a manifestação de Weintraub, a Embaixada da China no Brasil repudiou sua publicação. "Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil", diz a nota divulgada no Twitter da Embaixada. O comunicado afirma ainda que "o lado chinês manifesta forte indignação e repúdio a esse tipo de atitude".
Na semana passada, Weintraub ficou calado no depoimento referente a um outro inquérito - o que apura notícias falsas e ameaças a ministros da Suprema Corte. Ele também tem o direito de permanecer em silêncio no depoimento marcado para esta quinta-feira.
Em postagem no Twitter na manhã desta quinta-feira, o ministro defendeu a "liberdade de expressão".
"Enriquecimento ilícito, servidor público bilionário e roubar o dinheiro do cidadão, do pagador de impostos, deveria ser o principal crime a constar na Lei de Segurança Nacional. A LIBERDADE de expressão não pode ser violada, sob nenhum pretexto", publicou. Ele também trocou sua foto de perfil e passou a usar uma imagem em que aparece com uma mordaça na boca.
Maia: sociedade recusa fake news, mas quer poder divulgar informações verdadeiras
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender o projeto de lei contra sobre fake news e disse que parlamentares vão trabalhar entre hoje, dia 4, e sexta-feira (5) para construir um texto de consenso a ser apresentado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no fim de semana.
"Todo projeto tem risco de veto e, com risco de veto, é importante que Câmara e Senado estejam trabalhando de forma harmônica. A sociedade não quer mais fake news, mas quer liberdade para divulgar suas informações verdadeiras. A gente tem que saber separar os limites", disse Maia nesta quinta-feira
"A sociedade não aguenta mais ser enganada por alguns que insistem em construir uma fábrica, uma indústria, uma usina de fake news para difamar a imagem de terceiros", completou o presidente da Câmara.
0 comentário
Wall Street fecha em alta após dados de atividade
Ibovespa sobe e chega nos 129 mil pontos com Petrobras; tem ganho na semana
Dólar fecha estável antes de anúncios do governo na área fiscal
Dólar sobe e euro recua para menor cotação em dois anos após dados do PMI
STOXX 600 salta mais de 1% e atinge pico em uma semana com impulso do setor imobiliário
S&P 500 e Dow Jones atingem máximas de uma semana após dados de PMI dos EUA