Governo anuncia mais medidas para reduzir impacto do Covid-19
Por Agência Brasil
O presidente da República, Jair Bolsonaro, realizou coletiva de imprensa com a presença de ministros de Estado sobre o coronavírus. A entrevista ocorreu no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Bolsonaro iniciou a entrevista anunciando que o ministro de Minas e Energia, Bento Alburqueque, testou positivo para o exame de detecção do novo coronavírus. É o segundo ministro diagnosticado com Covid-19. Mais cedo, foi confirmada a infecção do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
"Por que estamos usando máscaras agora? Além do general Heleno, também tivemos positivo o teste do ministro das Minas e Energia, o almirante Bento. Então, obviamente, o cuidado tem que ser redobrado", disse o presidente, ao lado de oito ministros, em coletiva de imprensa para tratar das ações contra a pandemia do Covid-19, no Palácio do Planalto.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que para proteger os trabalhadores informais, o governo distribuirá vouchers (cupons) por três meses. A medida consumirá R$ 15 bilhões – R$ 5 bilhões por mês – e terá como objetivo, segundo o ministro, amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica criada pela pandemia de coronavírus.
O benefício terá valor equivalente ao do Bolsa Família e começará a ser distribuído nas próximas semanas. Os vouchers poderão ser retirados por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, instrumento administrado pelo Ministério da Cidadania que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, desde que o beneficiário não receba nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Veja na íntegra:
Guedes anuncia programa de R$ 15 bi para ajuda a trabalhadores informais por 3 meses
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta quarta-feira um programa de ajuda para autônomos em função do impacto na economia do coronavírus, prevendo a concessão direta de recursos aos trabalhadores informais ao custo de 5 bilhões de reais por mês, pelo prazo de três meses, levando o total da investida a 15 bilhões de reais.
Em coletiva no Palácio do Planalto, o ministro indicou que o auxílio será de 200 reais por beneficiário. Ele também afirmou que o governo seguirá anunciando novas medidas à medida que problemas econômicos forem identificados.
Nesse sentido, adiantou que o governo irá renegociar as dívidas das companhias aéreas e que estuda como o Estado pode bancar uma parte do salário para os empregados de micro e pequenas empresas.
(Por Marcela Ayres)
Em pedido para estado de calamidade, governo diz que choque recessivo é "inevitável"
BRASÍLIA (Reuters) - O governo encaminhou nesta quarta-feira pedido ao Congresso para o reconhecimento do estado de calamidade pública no país até 31 de dezembro por causa da pandemia do coronavírus, o que abre espaço para o descumprimento da meta fiscal de 2020 fixada em lei.
Em mensagem presidencial enviada aos parlamentares, o governo afirmou que não há como evitar o choque recessivo no Brasil no curto prazo como resultado do impacto do surto.
Também argumentou que o cumprimento da meta fiscal seria "temerário" e "proibitivo" dadas as circunstâncias atuais de enorme incerteza, que demandam aumento de gastos públicos e inviabilizam o estabelecimento de parâmetros seguros para projetar os resultados fiscais.
"Não há, porém, como evitar o choque recessivo no curto prazo, que deve afetar a maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil", diz o texto, após afirmar que analistas têm avaliado que as respostas dos países à crise têm ido na direção correta.
O governo lembrou que já houve um pedido de abertura de crédito extraordinário de mais de 5 bilhões de reais para início do combate do Covid-19, mas que esse valor está longe de ser suficiente para cobrir as "consequências decorrentes deste evento sem precedentes".
Waldery admite PIB "bem abaixo" das estimativas; novo número será apresentado na 6a
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que o governo já revisou a previsão para o crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) neste ano, e que o valor "está bem abaixo" do previsto anteriormente pelas estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE), de 2,1%.
"(É) um valor em linha com o mercado. De fato, várias projeções já indicaram valores entre 0,5% e 0%. Os nossos números refletem todas essas alterações", complementou Waldery.
Segundo o secretário, a nova estimativa será apresentada pela pasta na próxima sexta-feira, 20, quando a equipe econômica divulgará o primeiro Relatório de Divulgação de Receitas e Despesas.
Waldery também destacou a forte depreciação da cotação do barril de petróleo tipo Brent, que impacta as receitas da União.
Nesta quarta-feira, instituições financeiras voltaram a revisar as estimativas para o crescimento econômico do Brasil.
O JPMorgan, por exemplo, projeta declínio de 1% no PIB em 2020, ante a expectativa anterior, de crescimento de 1,6%. O Goldman Sachs também foi outra instituição a reduzir a sua projeção para o crescimento econômico neste ano, de expansão de 1,5% para contração de 0,9%.
O UBS também reduziu, a 0,5%, a sua expectativa para o crescimento do PIB neste ano, ante taxa já revisada para baixo, de 1,3%.
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