Dólar recua mas continua acima dos R$4,00. Fatores da política interna e novos conflitos no mundo podem favorecer movimento de alta
Após subir com força ante o real na segunda (04) e fechar a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, o dólar opera em queda nesta terça-feira (05), mas ainda continua acima dos R$4,00.
As últimas sessões foram marcadas por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China, divulgados no dia anterior. Apesar de o governo chinês tentar trazer algum alívio com o banco central injetando quase 20 bilhões de dólares nos mercados, a cautela ainda prevalece entre os investidores.
Segundo o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, os dados econômicos do país asiático ainda estão muito confusos, ao mesmo tempo em que a atividade econômica retrai mês a mês, o consumo se eleva quase que na mesma proporção. Por isso, as informações vindas da China causam grande influencia nas bolsas mundiais. "Mas a questão chinesa não tem solução de curto prazo e não deve definir tendências", considera Vieira.
Outro fator que irá trazer volatilidade os mercados globais nos próximos dias é o rompimento das relações diplomáticas da Arábia Saudita com o Irã, no domingo, em resposta à invasão da embaixada saudita em Teerã.
"Com toda essa situação que o país passa agora, se houver uma volatilidade internacional, e os preços começarem a ser regido por eventos internacionais e não meramente econômicos, então ficará mais difícil do Brasil passar por todos os problemas que está enfrentando", alerta o economista.
Internamente, os problemas políticos do Brasil devem continuar interferindo na cotação do câmbio e na bolsa também em 2016. Segundo Vieira, até fevereiro - quando encerra o recesso parlamentar - o mercado interno vai permanecer refletindo os aspectos externos, posteriormente os problemas internos terão maior influência.
Para o economista a tendência do médio prazo ainda é de valorização do dólar frente ao real, com grandes chances de elevação acima dos R$ 4,00. Já para a inflação ainda há projeção de aumento em torno de 8,5% para o próximo ano, ficando 2% acima do topo da meta prevista pelo governo federal.
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