No mercado financeiro, impacto da situação da Grécia é imediato, porém, passageiro; índice de commodities cai 2%
Em um resultado surpreendente, o voto pelo "não" venceu o plebiscito na Grécia neste domingo (05). Com a rejeição dos gregos a proposta de socorro financeiro dos credores internacionais, bolsas de todo o mundo operam em forte baixa na manhã desta segunda-feira (06).
Contudo, os impactos da crise grega devem ser passageiras, considera o economista Roberto Troster. A Grécia corresponde apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto) da economia europeia, e no "pior cenário a zona do Euro terá uma perda financeira, por conta das dividas que o sistema bancário grego possuiu com o resto da Europa", afirma.
Segundo ele, no curto prazo a Grécia deve fazer uma troca de euro por dracma - uma moeda que o governo pode emitir -, e posteriormente a população local terá que se adaptar a um padrão de vida inferior. "Eles estão condenando a Grécia um futuro menor do que estava sendo prometido antes”, afirma Troster.
O impacto das decisões gregas gerou uma queda de 2% nos índice de commodities na manhã desta segunda-feira, e "é razoável também esperar uma pequena desvalorização do real", afirma o economista, mas lembrando que a influencia sobre o mercado será momentânea.
Boletim Focus
Economistas de instituições financeiras reduziram a projeção de alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2016, depois de ter ficado inalterada por seis semanas seguidas. A nova projeção estima que o Índice chegue a 5,45%, contra 5,50% na projeção anterior.
Para Troster, essa projeção mostra um sinal de recuperação da economia brasileira, no entanto, a produção industrial ainda é um fator preocupante. De acordo com a projeção dos economistas, neste ano a produção da indústria deve cair 4,72%, contra 4% na projetado no último boletim.
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