Números do USDA e incertezas sobre tarifas dos EUA levaram à semana de muita volatilidade para as cotações do milho em Chicago

Publicado em 07/03/2025 16:34
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
Preços no Brasil segue em patamares elevados em momento ainda de entressafra e vai seguir acompanhando clima para safrinha
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Números do USDA e incertezas sobre tarifas dos EUA levaram à semana de muita volatilidade para as cotações do milho em Chicago

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A semana chega ao final com muita volatilidade para os preços internacionais do milho futuro sendo registrada na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações recuaram quase 4% entre a última sexta-feira (28) e a terça-feira (4), mas subiram até 4,4% entre terça e sexta-feira, finalizando a semana perto da estabilidade. 

Na visão de Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, o primeiro fator que trouxe essa volatilidade foi a divulgação dos números do Outlook Forum do USDA na semana passada, trazendo indicações de aumento de plantio e estoques de milho nos Estados Unidos, o que pressionou muito as cotações na CBOT. 

Depois, entrou em ação toda a incerteza sobre as tarifações impostas por Donald Trump nas comercializações com México, Canadá e China. As idas e vindas da imposição das taxas, cancelamentos e postergações influenciaram o mercado, especialmente do meio da semana para o final. 

Na visão de Rafael, todo esse cenário aponta para cotações flutuando na faixa entre US$ 4,20 e US$ 4,70, abaixo do patamar anterior de US$ 5,00, conforme o mercado se prepara para acompanhar o início do plantio da nova safra dos EUA. 

O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,55 com valorização de 5,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,69 com elevação de 5,25 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,75 com ganho de 5,00 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,50 com alta de 4,50 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (06), de 1,28% para o março/25, de 1,13% para o maio/25, de 1,06% para o julho/25 e de 1,01% para o setembro/25. 

No acumulado semanal, as posições do cereal norte-americano contabilizaram alta de 0,39% para o março/25, queda de 0,05% para o maio/25 de estabilidade para o julho/25 e para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28). 

variação semanal milho cbot

Mercado Brasileiro 

Na Bolsa Brasileira (B3), a sexta-feira apresentou movimentações negativas para os preços futuros do milho, que também acumularam perdas ao longo da semana. 

De acordo com a Germinar Corretora, os preços no país seguem sustentados com o contrato março/25 na casa dos R$ 86,00 próximo de seu vencimento e o mercado spot entre R$ 89,00 e R$ 90,00 com base Campinas/SP. 

Roberto Carlos Rafael destaca um momento ainda de entressafra, com o mercado demandando milho internamente e aguardando a entrada de mais volumes vindos da safra de verão brasileira. 

Daqui para frente, as movimentações das cotações devem ser guiadas pelas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras de segunda safra e pela taxa cambial do dólar ante ao real, mas seguem apresentando um bom momento para comercialização do produtor brasileiro. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira  

O vencimento março/25 foi cotado à R$ 86,06 com queda de 0,72%, o maio/25 valeu R$ 81,15 com desvalorização de 1,04%, o julho/25 foi negociado por R$ 73,42 com baixa de 0,24% e o setembro/25 teve valor de R$ 72,84 com perda de 0,26%. 

No acumulado semanal, as posições do cereal brasileiro registraram baixas de 0,68% para o março/25, de 1,56% par ao maio/25, de 0,31% para o julho/25 e de 0,51% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28). 

variação semanal milho b3

No mercado físico, o preço da saca de milho oscilou entre altas e baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização em Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Sorriso/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Cândido Mota/SP. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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