Possibilidade de tarifas de Trump começarem no sábado pesam no mercado e milho recua em Chicago

Publicado em 31/01/2025 16:31
Ronaldo Fernandes - Analista de Mercado Royal Rural
Confirmação das taxações podem ajudar o milho brasileiro com olhar para exportação
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Possibilidade de tarifas de Trump começarem no sabado pesam no mercado e milho recua em Chicago

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​Os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades desta sexta-feira (31) contabilizando fortes movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e acumulando perdas semanais, mas ainda finalizando janeiro com valorização de até 7%.

O Analista da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, explica que esta sexta-feira foi marcada por informações desencontradas sobre o início de taxações dos Estados Unidos para México, Canadá e China. Mais para o final do dia, uma possível confirmação de que as tarifas de 25% para os países da América de 10% para o asiático iriam começar já neste sábado (01) consolidou de vez a pressão. 

Fernandes alerta, no entanto, que a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos não reflete diretamente e por si só nos preços do milho em Chicago. O que teria esse poder é a devolutiva de taxas por parte destes países aos produtos norte-americanos. Como o mercado espera que isso aconteça, as cotações registraram recuos. 

O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,82 com baixa de 8,25 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,93 com desvalorização de 8,50 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,96 com perda de 7,50 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,60 com queda de 6,00 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações de 1,68% para o março/25, de 1,69% para o maio/25, de 1,49% para o julho/25 e de 1,29% para o setembro/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram perdas de 0,92% par ao março/25, de 0,70% para o maio/25, de 0,30% para o julho/25 e de 0,92% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24). 

Já na contabilização das movimentações ao longo de janeiro, as posições do milho em Chicago acumularam valorizações de 6,58% para o março/25, de 7,17% para o maio/25, de 7,07% para o julho/25 e de 5,02% para o setembro/25, em comparação ao fechamento do dia 30 de dezembro. 

Mercado Brasil 

Os preços futuros do milho também encerraram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3), mas ainda acumulando pequenas altas semanais 

As fortes quedas em Chicago refletiram também no mercado nacional, pressionando os preços na B3. Além dessa força negativa internacional, Ronaldo Fernandes aponta os recuos do dólar ante ao real, que hoje estão mais propensos à faixa dos R$ 5,70 do que dos R$ 6,00. 

Olhando para as movimentações geopolíticas internacionais, o analista da Royal Rural acredita que isso pode ser benéfico para o milho brasileiro, já que os países em Guerra Comercial com os Estados Unidos podem passar a buscar o cereal no Brasil. 

Porém, Fernandes ressalta que haverá forte competição neste mercado com a Ucrânia e com a Argentina, que podem disputar essa demanda sobressalente com o Brasil ao longo do segundo semestre de 2025. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

O vencimento março/25 foi cotado à R$ 75,50 com queda de 0,50%, o maio/25 valeu R$ 75,22 com desvalorização de 1,03%, o julho/25 foi negociado por R$ 71,05 com perda de 1% e o setembro/25 teve valor de R$ 71,00 com baixa de 0,77%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram altas de 0,47% para o março/25, de 0,59% para o maio/25 e de 0,11% para o setembro/25, além de baixa de 0,14% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24). 

Já na contabilização das movimentações ao longo de janeiro, as posições do milho na B3 acumularam valorizações de 3,03% par ao março/25, de 3,87% para o maio/25, de 3,33% para o julho/25 e de 1,94% para o setembro/25, em comparação ao fechamento do dia 30 de dezembro. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS e Machado/MG. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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