Falta de demanda pesa mais do que clima e milho fecha 6ªfeira recuando em Chicago
Falta de demanda pesa mais do que clima e milho fecha 6ªfeira recuando em Chicago
Os preços futuros do milho finalizaram as atividades desta sexta-feira (03) com movimentações lateralizadas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 69,81 e R$ 72,75 e acumularam variações no campo misto da B3.
O Analista de Mercado da Pátria Agronegócio, João Vitor Bastos, explica que as movimentações do milho no Brasil estão andando de lado neste começo de ano, mas podem ter pressão adicional durante janeiro e fevereiro.
Na visão de Bastos, os produtores seguraram a comercialização do milho na parte final de 2024 e agora vão precisar ofertar mais no mercado, até para abrir espaço de armazenamento para a colheita da safra de soja que deve começar em breve.
Já para o restante do ano, a expectativa é positiva para o mercado já que, mesmo diante de aumento de área e produção, o cenário de demanda interna e externa deve seguir sendo bastante positivo e permitindo bons momentos de comercialização.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 72,75 com queda de 0,70%, o março/25 valeu R$ 72,75 com desvalorização de 0,70%, o maio/25 foi negociado por R$ 72,13 com perda de 0,55% e o julho/25 teve valor de R$ 69,81 com baixa de 0,06%.
No acumulado da semana, os contratos do cereal brasileiro registraram baixas de 0,63% para o janeiro/25 e de 0,14% para o março/25, além de ganhos de 0,33% para o maio/25 e de 1,99% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve estabilidade neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Campo Novo do Parecis/MT.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro finalizaram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Para o analista, a falta de demanda posou mais do que as dificuldades climáticas na América do Sul no pregão de hoje em Chicago.
Bastos destaca que os embarques semanais divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje foram 55% menores do que os da semana anterior e 44% inferior à média das últimas quatro semanas, o que suplantou as preocupações com o clima para as lavouras na Argentina e no sul do Brasil.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,50 com baixa de 8,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,58 com desvalorização de 9,00 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,61 com perda de 9,00 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,38 com queda de 7,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (02), de 1,90% para o março/25, de 1,93% para o maio/25, de 1,91% para o julho/25 e de 1,57% para o setembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 0,72% para o março/25, de 0,70% para o maio/25, de 0,70% par ao julho/25 e de 0,23% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
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