Preço do milho no Brasil já subiu 33% desde cotações mais baixas do ano na colheita da safrinha

Publicado em 08/11/2024 16:28 e atualizado em 08/11/2024 17:02
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
Produtor segurando vendas e forte demanda interna estão sustentado as cotações; Chicago emenda sequência de altas com grandes exportações dos EUA
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Preço do milho no Brasil já subiu 33% desde cotações mais baixas do ano na colheita da safrinha

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A sexta-feira (08) chega ao final com os preços futuros do milho registraram movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 73,87 e R$ 77,20 e acumularam valorização ao longo da semana de até 1,1%. 

O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 73,87 com elevação de 0,48%, o janeiro/25 valeu US$ 76,82 com alta de 0,62%, o março/25 foi negociado por R$ 77,20 com ganho de 0,38% e o maio/25 teve valor de US$ 73,78 com valorização de 0,82%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro atingiram ganhos de 1,12% para o novembro/24, de 0,09% para o março/25, de 0,06% para o maio/25 e de 0,15% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01). 

variação semanal milho b3

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou movimentações positivas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Não-Me-Toque/RS, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

Segundo Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, os preços do milho no Brasil já subiram cerca de 33% desde os piores momentos das cotações durante a colheita da segunda safra de milho de 2024, e estão se sustentando em altas que devem permanecer nessa virada de ano. 

O analista aponta quatro pontos que estão segurando essas valorizações, como as altas vindas de Chicago e do dólar, o produtor capitalizado segurando vendas, o armazenamento do grão em silos bolsas e a forte demanda interna dos setores de etanol e rações. 

Olhando para a frente, Rafael aponta que cotações na casa dos R$ 68,00 a saca para julho/25 são preços positivos para a segunda safra do ano que vem e sugerem bom momento para travar de posições da próxima safrinha. Inclusive, esses preços mais altos podem estimular os produtores a apostarem mais no milho para a segunda safra de 2025.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também se movimentaram no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo do pregão desta sexta-feira e encerraram a semana acumulando elevações de quase 4%. 

O vencimento dezembro/25 foi cotado à US$ 4,31 com alta de 3,50 pontos, o março/25 valeu US$ 4,44 com valorização de 3,75 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,51 com ganho de 3,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,55 com ganho de 3,50 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (07), de 0,82% para o dezembro/24, de 0,85% para o março/25, de 0,84% para o maio/25 e de 0,78% para o julho/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 3,98% para o dezembro/24, de 3,49% para o março/25, de 3,26% para o maio/25 e de 2,88% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01). 

variação semanal milho cbot

Na visão de Roberto Carlos Rafael, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado nesta sexta-feira foi neutro para o mercado de hoje, já que os números de redução para o milho vieram dentro da faixa esperada pelos analistas. 

O analista da Germinar Corretora destaca que o Bolsa de Chicago emenda mais uma semana de movimentações positivas para os preços do milho internacional, com sustentação principalmente vida da forte demanda pelo cereal dos Estados Unidos. 

Rafael aponta exportações norte-americanas entre 6 e 7 milhões de toneladas acima do esperado para este período do ano, com os Estados Unidos se aproveitando da ausência do Brasil no mercado internacional para assumir estes espaços de fornecimento do grão.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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