Reta final de 2024 deve ter bons preços para milho e cotações da safrinha 25 melhores do que os da safrinha 24

Publicado em 25/10/2024 15:53 e atualizado em 25/10/2024 16:56
Enilson Nogueira - Analista da Céleres Consultoria
Analista destaca demanda forte no mercado interno e incertezas para plantio em 2025
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Reta final de 2024 deve ter bons preços para milho e cotações da safrinha 25 melhores do que os da safrinha 24

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A sexta-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,55 e R$ 75,91 acumulando também valorizações de até 5,3% ao longo desta semana. 

O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 72,55 com ganho de 0,50%, o janeiro/25 valeu R$ 75,64 com valorização de 0,99%, o março/25 foi negociado por R$ 75,91 com elevação de 0,52% e o maio/25 teve valor de R$ 73,90 com queda de 0,09%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorizações de 4,77% para o novembro/24, de 5,32% para o janeiro/25, de 3,26% para o março/25 e de 2,26% para o maio/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18). 

variação semanal milho b3

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve movimentações positivas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente no Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Pato Branco/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

Segundo o Analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, a forte demanda por milho no mercado brasileiro é a responsável por sustentar as cotações do cereal no país nos últimos dias. 

Na visão de Nogueira, tanto o setor de etanol quanto o de proteínas animais estão se esforçando para comprar milho e elevando os preços acima da paridade de exportação para conseguir se abastecer. 

Outro ponto que começa a entrar no radar do mercado, mas ainda de maneira especulativa, é o atraso no plantio da safra de soja 2024/25 e o impacto que isso terá na janela de semeadura da segunda safra de milho em 2025, podendo resultar em menos área plantada e menos produção na próxima temporada. 

Para o analista, essa reta final de 2024 deve seguir com preços positivos no Brasil e permitir boas oportunidades de margem para os produtores que ainda tem milho disponível em mãos. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades do pregão desta sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizando recuos, mas acumulando valorizações acima de 2,5% ao longo da semana. 

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,15 com desvalorização de 6,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,29 com queda de 5,50 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,37 com baixa de 4,50 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,41 com perda de 3,75 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (24), de 1,48% para o dezembro/24, de 1,26% para o março/25, de 1,02% para o maio/25 e de 0,84% para o julho/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,59% para o dezembro/24, de 2,51% para o março/25, de 2,52% para o maio/25 e de 2,38% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18). 

variação semanal milho cbot

Para Enilson Nogueira, a oferta da safra dos Estados Unidos já está toda precificada pelo mercado internacional e o que está determinando o mercado agora são as exportações dos EUA e a boa demanda pelo cereal norte-americano. 

O analista acredita que, ao logo de 2025, o olhar de Chicago deverá se voltar para a safra da América do Sul, onde a Argentina já indica redução de área para o milho e o Brasil enfrenta incertezas para a janela de semeadura da segunda safra após os atrasos no plantio da soja 24/25. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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