Milho safrinha sofre no Maranhão, com estiagem que já dura 20 dias e causa perdas de até 20% na produtividade em áreas plantadas fora da janela
Milho safrinha sofre no Maranhão, com estiagem que já dura 20 dias e causa perdas de até 20% na produtividade em áreas plantadas fora da janela
Há cerca de 20 dias não chove no Maranhão, segundo o presidente da Aprosoja do Estado, José Carlos Oliveira de Paula. De acordo com ele, para os produtores que plantaram o milho safrinha dentro da janela ideal de semeadura, antes de 10 de março, a perda é de cerca de 10% na produtividade. Já para os produtores que semearam após esta data têm, até o momento, quebra em torno de 20% na produtividade.
Ele aponta que não há previsão de chuvas para o Estado até que a colheita inicie, em meados de julho, e que, dependendo das temperaturas atingidas, insolação, as perdas podem se agravar.
Soma-se a isso os custos de produção que acabaram ficando mais elevados este ano, uma vez que os ataques de percevejo de barriga verde, cigarrinha e lagarta foram altos, e alguns produtores tiveram que entrar nos campos para fazer as aplicações cerca de 8, até 10 vezes.
"Hoje, a saca de milho é comercializada para o mercado interno aqui no Estado a R$ 56,00, e para exportação, a R$ 49,00. Para, pelo menos, empatar com os custos de produção para os agricultores que investiram em tecnologia, que plantaram dentro da janela, o valor de venda teria que ser, ao menos R$ 60,00 a saca", disse.
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