Milho: Algumas regiões do Brasil já têm preços abaixo dos preços mínimos e pressão continua
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Milho na B3 registra novas baixas nesta 6ª feira e preços seguem renovando mínimas
Os preços do milho fecharam a sessão desta sexta-feira (5) em campo misto na B3, enquanto os futuros do cereal subiram na Bolsa de Chicago. As altas no cenário internacional deram certo suporte às cotações na bolsa brasileira, mas a pressão sobre o mercado continua e a tendência é de que novas baixas continuem a aparecer.
"Em boa parte das regiões do país, os preços já estão abaixo dos preços mínimos. Temos um cenário complicado, que foi um pouco previsível, com uma grande safra de soja, estoques maiores de milho permitindo exportações próximas de 50 milhões de toneladas (...) e chegamos à conclusão de que não estamos, infelizmente, preparados para uma oferta de quase 300 milhões de toneladas somando soja e milho", explica o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael.
O executivo explica que a capacidade logística insuficiente do Brasil tem penalizado as cotações, como se registra também no mercado da soja. E as condições podem se agravar no segundo semestre com a chegada da oferta da segunda safra, que até este momento vem se comportando bem e registrando boas expectativas até este momento.
Neste cenário, são 26 dias úteis de queda nos preços do milho. De 1º de março até agora, a baixa acumulada é de cerca de 25%.
Nos Estados Unidos, as perspectivas também são bastante positivas para a nova temporada, com um aumento de área estimado e condições de clima bastante favoráveis, ao menos por enquanto. E Rafael complementa dizendo que, com tudo caminhando como está, a pressão pode continuar e seriam necessários problemas mais sérios para mudar o cenários. A projeção, portanto, na análise do representante da Germinar, é de que as cotações na CBOT também deverão continuar recuando.
Nesta sexta-feira, os futuros do grão subiram na carona do trigo, que avançou diante das preocupações com o corredor que garante as exportações de produtos agrícolas pelos portos da região do Mar Negro. As conversas sobre o acordo foram adiadas e as altas no trigo passaram de 2%.
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