Campos de Júlio/MT entra na reta final da colheita do milho e quedas na produtividade vão se confirmando
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Campos de Júlio/MT entra na reta final da colheita do milho e quedas na produtividade vão se confirmando
A colheita da segunda safra de milho já atingiu 85% das lavouras em Campos de Júlio no Mato Grosso e as expectativas de redução de produtividade estão sendo confirmadas conforme as atividades avançam, devendo concretizar uma redução de 30% nas médias.
Segundo o produtor rural Tiago Daniel Comiran, a colheita começou no final de maio resultando em médias entre 150 e 180 sacas por hectare, mas esses patamares foram caindo para 120 e hoje já há relatos de áreas com apenas 40 sc/ha.
“Nós mesmo aqui na propriedade finalizamos o último talhão, plantado dentro da melhor época possível e com solo extremamente produtivo e fértil, com 82 sacas por hectare. Uma coisa que fazia muito tempo que não acontecia, mas tudo infelizmente por esse clima adverso que aconteceu com falta de chuvas em março”, conta.
Enquanto isso, o preço do milho gira entre R$ 66,00 e R$ 67,00 na região, o que faz os produtores segurarem novas vendas, apostando em preço voltando a casa dos R$ 70,00 após chegarem em até R$ 73,00 a saca no início da colheita.
Já olhando para a safra de soja 2022/23, Comiran relata que muitos insumos já estão comprados e alguns já começaram a chegar nas propriedades, mas o alto custo de produção e a redução das margens preocupam os produtores.
“A gente está se encaminhando para uma das safras mais caras da história com margens muitíssimo apertadas. Se o mercado não reagir, a gente vai trabalhar ou no empate ou no vermelho, então o mercado está muito retraído. Precisasse normalizar esse preço da soja, pelo menos acima dos R$ 160,00 ou R$ 170,00 para a gente começar a trabalhar esse mercado pra poder compensar o alto custo de produção que essa safra nova vai entrar”, diz.
Confira a entrevista completa com o produtor rural de Campos de Júlio/MT no vídeo.
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