Produtor do oeste do Paraná relata infestação de cigarrinha nas lavouras dos vizinhos e acredita ter acertado ao não plantar a safrinha
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Produtor do oeste do Paraná relata infestação de cigarrinha nas lavouras dos vizinhos e acredita ter acertado ao não plantar a safrinha
Em entrevista ao Notícias Agrícolas no mês de março deste ano, o produtor rural de Dr. Camargo no Paraná, Ildefonso Ausec, já destacava que havia optado por não cultivar milho nesta segunda safra. Agora, em meio ao desenvolvimento da safrinha no oeste do estado, a avaliação do agricultor é que sua escolha foi acertada.
Ausec aponta que muitas lavouras da região, inclusive as de seus vizinhos, estão sofrendo com ataque severo de cigarrinhas, que prejudicam o enchimento dos grãos e tiram a força das plantas, já tornando algumas áreas impossíveis de serem colhidas.
Na avaliação do produtor, algo entre 30 e 40% das lavouras da região apresentam o problema, mesmo que os agricultores tenham realizado entre oito e dez aplicações de defensivos tentando controlar o avanço da praga.
Ao invés do tradicional milho, Ausec apostou em uma safra de inverno com cultivo de trigo, que já germinou em 80% de sua propriedade. Até aqui, as condições climáticas têm sido favoráveis ao desenvolvimento do cereal, que deve começar a ser colhido em meados de setembro.
Confira a íntegra da entrevista com o produtor rural de Dr.Camargo/PR no vídeo.
1 comentário
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Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO
Problemas decorrentes de cultivos sem o mínimo de critérios agronômicos (científicos..) ocorreram, ocorrem e ocorrerão aos montes na história da Agricultura! O caso dessa praga (cigarrinha do milho) é para confirmar a regra...
Cultivam-se lavouras de milho em todo o território brasileiro, 365 dias por ano... O que poderíamos esperar? E isso é apenas o começo, infelizmente!! Um dos princípios básicos da AGRONOMIA sendo colocado em décimo plano...O amigo está muito pessimista. O manejo da cigarrinha é viável através de técnicas simples. É problema? Claro que é. Assim como a ferrugem asiática, o nematoide e tantas outras que surgiram e surgirão. Vou me desesperar, desistir? Não. Vou procurar soluções. Animo, amigo, o mundo não acaba aqui
Caro Cesar Augusto Schimtt, a meu ver não é questão de pessimismo, desespero, ou coisa que o valha...
No ritmo que vai, fica insustentável, técnica, econômica e ambientalmente...
Cinco ou mais aplicações de INSETICIDAS,...
Há necessidade de integrar as práticas de manejo, dentre elas: tolerância, rotação, vazio sanitário..., e assim por diante!!
Querer deixar de aplicar conceitos básicos da Agronomia, em detrimento de interesses outros, pode chegar à inviabilidade...
O clima está a cada ano mais irregular, por esse motivo a safrinha é mais arriscada----Se todos os produtores brasileiros deixassem de plantar a safrinha, haveria uma melhora de preços, ----Arriscar menos , trabalhando menos, e ganhando mais--
Cácio, concordo com você. Devemos ter um manejo integrado da lavoura, mas tem certas coisas que são completamente inviáveis ou soluções a longo prazo. O vazio sanitário, vejo como completamente fora de prumo para regiões com bacia leiteira, tolerância ou resistência requer tempo, muito tempo para alguma solução e assim por diante. Se me permite uma sugestão, do alto de meus 45 anos de agronomia, muito dos quais atuando em desenvolvimento em grandes transacionais, medidas simples e de baixo custo, não resolvem, mas amenizam: 1- Evitar o escalonamento. Aqui em Maringá, a janela de plantio é muito curta, todos plantam ao mesmo tempo. Nessa safra temos plantios desde janeiro a final de março. A situação se agravou. Eu tratei a semente com Imidacloprida e não me preocupei com a cigarrinha no inicio da lavoura, mas sim com percevejos. Fiz duas aplicações com ativos diferentes para percevejo em v3 e v6 e uma terceira especifica para cigarrinha em v8. Acredito que o resultado será satisfatório. Em tempo: hoje aconteceu a primeira colheita aqui em Ivatuba. 110 scs/ha em milho com forte sintomatologia de molicute.
Sr.CESAR AUGUSTO SCHMITT, os dois temos razão(ou não..), dependendo do ângulo de análise... Estendendo as reflexões:
Como mencionado anteriormente, cultivamos milho(grãos, silagem sob inúmeras modalidades, pipoca, milho verde, milho sementes, etc., etc.,).. Ambiente Tropical(comida farta também 365 dias/ano para as pragas)...,
Produtividades melhoraram muito na última década, mas ainda bem distantes da média dos gringos americanos, por exemplo, que podem ser considerados referências no cultivo do cereal em apreço..
Por lá, como sabemos, o inverno rigoroso "quebra" quase por completo os ciclos biológicos dos insetos.
Como poderemos ofertar milho ao mundo(caso a demanda continuar aumentando), com médias(verão brasileiro) abaixo de 50% do que conseguem os colegas da terra do Tio Sam? E em torno de 60 sacas(?) no cultivo de segunda safra, ainda que com custo operacional baixo, mas com tamanho risco assumido, sobretudo em regiões pouco aptas do ponto de vista do regime de chuvas?
Creio que, não deixando de plantar safrinha, como sugere o Sr. Carlo Meloni, arriscando menos, quem sabe até adotando, a nível de BR, um "vazio sanitário" para o milho(porquê não?) por alguns meses. Isso necessariamente resultaria em menor área cultivada? Bem provável que não. O Sr. mesmo faz menção da sua realidade, com janela de plantio de 03 meses..
Provavelmente teremos acréscimos de rendimentos e custos menores..
Bem..., apenas a opinião de um simples aprendiz!
Saudações!!
Ótima reflexão, concordo com o amigo
Minha vizinha a Fazenda das Represa de 750 alqueires tem sistema de irrigação com isso independem do clima e com planta forte as incidencias de pragas ê menor---- Entao o meu palpite ê o seguinte:::se alguem consegue obter um resultado financeiro neste sentido outras iniciativas poderiam ser viaveis ??
Sr. Carlo, a irrigação sempre é solução. Porem, aqui em Ivatuba, com terra roxa estruturada, 85% de argila e um regime de chuvas bastante equilibrado, não sei se o custo de uma irrigação por Pivo central seria viável. Acredito que não, pois na região de Maringá conheço apenas um produtor que tem pivo. Um grande produtor de sementes de soja. Mas temos bons resultados com rotação e rochagem, solo forte, planta saudável. E quanto a irrigação gostaria muito, mas com a area que tenho 720 ha, uma aréa muito grande para essa região, porém uma chacrinha no centro-oeste, para cereais a irrigação não se paga. Mas está muito correta sua observação
Meu comentario tem um ponto de interrigaçao justamente pelos seus motivos----Os silos eram caros mas aos poquinhos se espalharam ----Quem sabe alguma empresa tentara' reduzir o custo dos equipamentos de irrigaçao ou quem sabe traze-los da China
Para a fazenda do meu vizinho nao bem uma irrigaçao mas UM COMPLEMENTO DE IRRIGAÇAO------O meu milho sofreu depois de 60 dias de veranico sem nenhuma gota na floraçao, mas o meu vizinho irrigou um poquinho numa terra argilosa e a planta esta' muito viçosa
Minha família, possui uma propriedade rural, no sudoeste do Paraná, próxima do Parque Nacional do Iguaçu, e eu planto numa área de 30 alqueires, em 2019 plantei 15 alqueires com uma variedade nova (desconhecida ) de milho, super precoce. Em março/ abril houve muitas semanas nubladas, a falta de sol diminuiu a resistência das plantas, mas a variedade nova sofreu muito mais, o sabugo que não apodreceu, ficou só com meia dúzia de grãos, porém as outras variedades, sofreram bem menos. Portanto eu só planto semente tradicional ou melhorada, já conhecida que produz bem, e de fornecedor de confiança. Este ano consegui plantar, no fim de janeiro, na janela ideal, quando o milho estava com 15 Cm, o Agrônomo colocou uma armadilha para a cigarrinha, que consistia em uma vareta fincada e um papelão cola na outra extremidade. Dois dias depois, havia algumas borboletas grudadas, e vários outros insetos parecidos com pernilongos ou abelhinha, ai o agrônomo me mostrou a foto da cigarrinha, idêntica aos da armadilha, como havia infestação, ele me vendeu um produto biológico, que impedia a cigarrinha de voar e se reproduzir, a deixava grog, o qual o meu funcionário passou junto com outro que também pega a cigarrinha, percevejo e lagarta, o qual é um inseticida de contato e residual. Porém o Ministério da Agricultura, ultimamente, tem conseguido, aprovar novos inseticidas mais eficientes. O agrônomo me disse, que a planta é mais vulnerável à cigarrinha, nas primeiras semanas do ciclo, depois da planta adulta, a cigarrinha não causa problema, quando a planta é nova, não se vê o estrago, só vai ver quando o sabugo estiver formado. Portanto não se pode bobear, enquanto a planta estiver pequena. Nesta safrinha parece que até agora tive sorte com o clima, e nas fotos que meu funcionário, me mandou do milho, ele esta bem sadio. Acho que nesta colheita, vou tirar o pé da lama, pois nas duas últimas, não deu para lucrar.
Os inseticidas mais tradicionais, para o milho, são o Engeo, e o Ampligo, e para aumentar a eficiência, se passa, com um biológico, que pega a cigarrinha, no início do ciclo do milho. E se tiver sorte com o clima, com muito sol e chuvas regulares, ajudam eliminar as pragas, e aumentar a resistência da planta.