Paraguai também sofre com a seca para o milho, mas produção ainda está em aberto
Assim como muitas regiões brasileiras, a segunda safra de milho no Paraguai também sofre com as condições climáticas adversas como a falta de chuvas. O plantio no país vizinho também aconteceu mais tarde do que o normal e as perdas na projeção de produção já começam a aparecer.
Segundo a corretora e consultora de agronegócios, Esther Storch, 70% das lavouras foram plantadas fora da janela ideal, sendo que 30% acabaram ficando após a segunda quinzena de março. Isso atrasou o ciclo da cultura e hoje 95% do milho paraguaio segue exposto à possíveis problemas climáticos como falta de chuvas e geadas.
Até agora, a projeção já é de perda de 9% naquilo que era inicialmente esperado. A consultora explica que o potencial do Paraguai é para produtividades entre 91,66 e 100 sacas por hectare, mas neste ano a expectativa já partiu de 83,33 a 91,66 e produção de 4,2 milhões de toneladas devido aos atrasos de plantio.
Porém, apenas 60% das lavouras ainda podem chegar nestes patamares. Os 40% restantes devem chegar apenas em algo entre 63,33 e 66,66 sacas por hectare.
Storch aponta ainda que, cerca de 30% da produção já foi comercializada e os produtores estão aguardando uma definição melhor da safra para comprometer novos lotes no mercado. Atualmente os preços estão favoráveis e devem ajudar a compensar possíveis perdas, mas os produtores ainda esperam novas valorizações nos preços.
Confira a íntegra da entrevista com a corretora e consultora de agronegócios no vídeo.
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