MS encerra safra de soja com produtividade recorde e agora espera quebra na safrinha de milho

A safra de soja 2020/21 começou com um grande susto no Mato Grosso do Sul que teve seca em setembro e atraso no plantio, concentrado entre o final de outubro e o começo de novembro. Depois, o início de desenvolvimento não teve muita chuva, mas também não enfrentou seca. 

O presidente da Aprosoja MS, André Figueiredo Dobashi, a partir de janeiro houve grandes chuvas no estado que ajudaram a recuperar as lavouras e sustentaram o patamar recorde de produtividade de 62,8 sacas por hectare, uma vez que a cultura acabou ficando em uma janela mais positiva para a soja. 

A liderança relata também que mais de 70% desta produção já foi vendida com preço médio inferior aos R$ 100,00, já que a comercialização começou desde dezembro de 2019 em patamares bem menores do que os atuais. 

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Milho 

Já a segunda safra de milho sofreu impacto do atraso da soja e teve 44% das lavouras plantada fora da janela ideal, já no mês de março, e sob um alto risco climático de estiagem e geadas. Para o presidente da entidade, os preços altos e o grande volume negociado antecipadamente estimularam os produtores a arriscar na semeadura. 

Neste momento, a expectativa da Aprosoja MS é atingir uma produtividade de 75 sacas por hectare, quando o estado já bateu a casa das 95 sacas por hectare na safra 2018/19. Porém, novas reduções não estão descartadas em função do clima e da ação de pragas que apresentam alta pressão nas lavouras. 

As negociações também começaram bem cedo, com preços partindo de R$ 25,00 a saca e hoje giram ao redor dos R$ 95,00 junto as cooperativas sul-mato-grossenses. 

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Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Aprosoja MS no vídeo.