Cotações do milho no Brasil devem ficar em alta enquanto o dólar seguir valorizado ante ao real
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Cotações do milho no Brasil devem ficar em alta enquanto o dólar seguir valorizado ante ao real
DownloadCom as colheitas da safra de verão se encaminhando para o final, a nova tendência do milho no mercado brasileira é de preços sustentados e leve viés de alta, impulsionados especialmente pelo momento de alta do dólar ante ao real, que opera em patamares próximos aos R$ 6,00.
Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, a tendência é de preços lateralizados, talvez com leves altas, nestes próximos 30 dias que intermedeiam o fim da safra verão e o início da colheita da segunda safra.
Sobre a safrinha, Rafael destaca que muitas áreas que estavam sofrendo com estiagem como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul receberam chuvas nas últimas semanas e tem previsão de novas precipitações na semana que vem. Por outro lado, cresce o temor com as baixas temperaturas e a incidência de geadas, o que mantêm a incerteza quanto ao volume de produção.
Diante dessas dúvidas que atingem não só a produção, quanto também a demanda neste momento de pandemia da Covid-19, a questão cambial ganha ainda mais força e pode sustentar os preços mesmo com a chegada do volume vindo da safrinha.
Este cenário, de acordo com o analista é ideal para os produtores buscarem novas vendas com cerca de 30% da safra verão e 50% da safrinha ainda disponíveis para negociação, e obterem preços médios altos para a safra enquanto a moeda americana segue em alta.
Outro fator que demanda atenção do produtor brasileiro é a safra americana e as cotações da Bolsa de Chicago (CBOT). Rafael destaca que o plantio americano vem avançando rapidamente e em ótima janela de cultivo. Além disso, o USDA projeta o maior estoque de passagem dos últimos 35 anos para o final da temporada 2020/21 em 31 de agosto de 2021, o que influencia em cotações mais baixas dos últimos 12/13 anos e preços que podem ficar até 20% menores do que os custos de produção nos EUA.
Confira a entrevista completa com o analista da Germinar Corretora no vídeo.
Milho tem poucas movimentações no Brasil nesta 6ª feira, mas tendência segue de alta
A sexta-feira (15) chega ao final com poucas movimentações para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (3,33% e preço de R$ 40,60). Já as valorizações apareceram apenas na praça de Amambai/MS (2,38% e preço de R$ 43,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira.
Em seu boletim diário, a Radar Investimentos aponta que as cotações do milho físico mostraram sustentação durante esta semana. “O produtor não cedeu e o ritmo dos negócios ficou mais lento, com o comprador pagando mais caro para se abastecer. Em Campinas-SP, as referências entre R$50-R$51/sc, CIF, 30d”.
A Agrifatto Consultoria relata que, após acumular quedas de 20% nas cotações durante o mês de abril, o milho já subiu 4,67% até a metade de maio. “Com grande parte do plantio feito dentro da janela ideal, a colheita nos principais estados produtores deve começar daqui um mês no país, e a partir daí o mercado irá se preparar para receber as mais de 70 milhões de toneladas que deverão ser colhidas”.
B3
Já a bolsa brasileira registrava movimentações negativas para a maior parte das cotações dos preços futuros do milho nesta sexta-feira (15). Os principais contratos flutuavam entre 0,18% e 1,41% negativo por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,75 com queda de 0,18%, o julho/20 valia R$ 46,85 com perda de 1,33% e o setembro/20 era negociado por R$ 45,45 com desvalorização de 1,41%.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, destacou que a tendência é de preços lateralizados, talvez com leves altas, nestes próximos 30 dias que intermedeiam o fim da safra verão e o início da colheita da segunda safra.
Sobre a safrinha, Rafael destaca que muitas áreas que estavam sofrendo com estiagem como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul receberam chuvas nas últimas semanas e tem previsão de novas precipitações na semana que vem. Por outro lado, cresce o temor com as baixas temperaturas e a incidência de geadas, o que mantêm a incerteza quanto ao volume de produção.
Diante dessas dúvidas que atingem não só a produção, quanto também a demanda neste momento de pandemia da Covid-19, a questão cambial ganha ainda mais força e pode sustentar os preços mesmo com a chegada do volume vindo da safrinha.
Este cenário, de acordo com o analista é ideal para os produtores buscarem novas vendas com cerca de 30% da safra verão e 50% da safrinha ainda disponíveis para negociação, e obterem preços médios altos para a safra enquanto a moeda americana segue em alta.
Mercado Externo
Para a Bolsa de Chicago (CBOT) a sexta-feira (15) foi de leves elevações para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,25 e 1,75 pontos ao final do dia.
O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,19 com valorização de 1,75 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,23 com alta de 1 ponto, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,32 com ganho de 0,25 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,44 com estabilidade.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,63% para o julho/20, de 0,31% para o setembro/20 e de 0,30% para o dezembro/20, além de estabilidade para o março/21.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (08), os futuros do milho acumularam perdas de 0,31% para o julho/20, de 0,92% para o setembro/20, de 1,48% para o dezembro/20 e de 1,71% para o março/21.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho firmaram-se ligeiramente na sexta-feira com otimismo geral de exportação, embora o espectro de uma safra potencialmente recorde de milho nos Estados Unidos ainda esteja à espreita, limitando os ganhos.
Para o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o plantio americano vem avançando rapidamente e em ótima janela de cultivo. Além disso, o USDA projeta o maior estoque de passagem dos últimos 35 anos para o final da temporada 2020/21 em 31 de agosto de 2021, o que influencia em cotações mais baixas dos últimos 12/13 anos e preços que podem ficar até 20% menores do que os custos de produção nos EUA.
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