Milho safrinha com sementes de baixa qualidade ameaça sanidade das lavouras em LEM
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Entrevista com Celito Eduardo Breda - Diretor de Grãos do Sind. Rural de LEM/BA sobre o Milho Híbrido
DownloadA região oeste da Bahia não tem tradição no cultivo do milho safrinha, uma vez que as condições do local acabam elevando o número de perdas da cultura. No entanto, na busca de obter algum lucro na segunda safra e diminuir os custos, alguns produtores de Luís Eduardo Magalhães estão optando pelo plantio de sementes de baixa qualidade nesta segunda safra.
Uma vez plantadas as sementes mais baratas, os produtores investem pouco no manejo da safra, realizando apenas uma aplicação de defensivos por exemplo, com o objetivo de gastar pouco e lucrar com a pequena quantidade produzida.
O problema é que, apesar de representar ganho financeiro em um primeiro momento, tal atitude eleva o risco para infestações de pragas como cigarras e lagartas, que prejudicaram as lavouras nas propriedades vizinhas e nas do próprio produtor em um médio e longo prazo.
“Algumas pessoas, em alguns anos, até tiveram resultados econômicos disso, sobrando uns 200 reais por hectare, mas eles não enxergam que, em um contexto geral, ele acaba perdendo esses 200 reais, ou até mais, a médio prazo porque ele está criando problemas para ele mesmo e para os vizinhos também”, conta Celito Eduardo Breda, diretor de grãos do Sindicato Rural de LEM.
Confira a entrevista completa no vídeo.
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CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR
Essa será uma realidade nacional, visto que estamos pagando muito caro por sementes, ditas de alta tecnologia, ma que no campo apresentam performance de sementes de paiol.
Tem Razao Sr. Cesar, falta uma lei mais clara sobre comercializacao de sementes, aqui na regiao teve empresa que vendeu sementes de milho que ja fazia 4 anos que havia sido produzida e na hora de vender é somente reanalizada e na etiqueta mostra bons numeros de germinacao e vigor, mas na pratica nao é bem assim. Depois no campo nasce a metade mesmo em uma excelente condição de plantio e a culpa depois é do agricultor, alegam 1001 fator mas nunca admitem que a semente era de ma qualidade. Na minha opniao deveria ser proibido a venda de semente realizada, as empresas faturao bem e tem perfeitas condições de descartar lotes quando a sobras nas vendas do ano anterior.
Se a tua vaca bebe água no rio, multa. Se você corta uma árvore para fazer palanque de cerca, multa. Pra furar um poço, precisa de licença. Enfim , todos sabemos da burocracia que aflige o agricultor. Agora, não vejo fiscal ir na cooperativa ou revenda pegar amostra de semente para analisar. Nunca vi fiscal recolher amostra de adubo para analisar, muito menos de defensivo. Aí então, quando não funciona, a empresa vem com aquela conversinha: muito vento, muita chuva, pouca chuva, muito sol, pouco sol, teve eclipse, era lua cheia, muito fundo, muito raso, choveu depois de plantar, não choveu depois de plantar, e assim por diante. Já disse aqui e vou repetir. Ao invés de nossos filhos e filhas estudarem coisas do campo, temos que mandá-los para uma escola de direito. Precisamos de advogados na família. Também temos que fazer nossa parte. Quando encomendarmos a semente, vamos pedir que escrevam num pedaço de papel qualquer, aquilo que prometeram. Semente nova, com germinação e vigor dentro das normas. Caso contrário, não temos como recorrer.