Frete: Avanço da colheita do milho safrinha vai agravar cenário logístico em Campos de Júlio (MT)
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Entrevista com Tiago Daniel Comiran - Produtor Rural de Campos de Júlio - MT sobre o Acompanhamento de safra do Milho Safrinha
DownloadNa região de Campos de Júlio/MT, os produtores rurais estão preocupados com o tabelamento de preços mínimos para os fretes que está dificultando a comercialização da safrinha de milho. Além disso, a colheita do cereal na localidade vai agravar ainda mais este cenário.
De acordo com o produtor rural do município, Tiago Daniel Comiran, 10% da área cultivada com a cultura foi colhida, sendo que a concentração dos trabalhos de campo será nesta semana. “Eu acredito que na próxima semana a colheita estará em torno de 80% a 90% na nossa região”, afirma.
Até o momento, a expectativa é que a produtividade média das lavouras fique próxima de 140 a 150 sacas dos grãos por hectare. “O município tem uma localização muito boa com a altitude e o clima que favoreceu muito este ano. Os produtores têm um estilo de investimento maior e melhor dentro das áreas e resultou em uma produção mais elevada dentro do que era esperado”, ressalta.
Confira as imagens enviadas pelo o Produtor Rural Tiago Daniel Comiran:
Comercialização
Atualmente, as referências para o cereal giram em torno de R$ 20,00 a R$ 22,00 a saca. Porém, a tendência é que os preços estabilizem por volta de R$ 19,00 a R$ 20,00 conforme o andamento dos trabalhos de campo. “Os preços nestes patamares remuneram, já que os custos de produção atualmente são de R$ 16,50 a saca”, diz.
Contudo, muitos agricultores negociaram contratos futuros para esta temporada no ano de 2017. “A grande dificuldade não foi na comercialização, mas sim para a retirada desses produtos. Tendo em vista, que pode agravar ainda mais esse cenário com a colheita do milho safrinha que precisa ir para os armazéns”, comenta.
Logística
Em relação ao frete, o produtor salienta que as negociações estão sendo realizadas entres os agricultores e transportadoras com os preços estabelecidos pela a nova tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No caso da soja, cerca de 43% safra comercializada antecipadamente ainda precisa ser escoada e já está impactando na armazenagem.
“Nós vamos ter muitos problemas com essa questão de armazenagem, pois como não tem frete para retirar a soja também não terá para a safra do milho. Então, nos esperamos que tudo se resolva até a próxima semana para escoar essa produção nos armazéns”, finaliza.
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