Seca e altas temperaturas castigam lavouras de milho safrinha cultivadas fora da janela em Querência (MT)

Publicado em 08/05/2018 11:39
Osmar Frizzo - Presidente do Sindicato Rural de Querência/MT
Cerca de 60% da produção foi semeada fora da janela e sofrem com a seca de mais de 15 dias. Perspectiva é de queda no rendimento das lavouras nesta safra. Previsões climáticas não indicam chuvas na região nos próximos dias. Preços subiram e saca é cotada entre R$ 22 a R$ 23 na localidade, porém, produtores estão cautelosos e negócios caminham lentamente.

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Acompanhamento de safra do milho safrinha com Osmar Frizzo - Presidente do Sindicato Rural de Querência/MT

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Por conta da falta de chuvas, os produtores rurais seguem preocupados com as lavouras de milho safrinha na região de Querência/MT. Tendo em vista, que a maior parte das áreas foi cultivada fora da janela ideal de plantio.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Frizzo, a semeadura do cereal iniciou em fevereiro e se estendeu até março, na qual a cultura está atualmente em fase de pendoamento. “Cerca de 60% foi plantada fora da janela e isso é o nosso maior problema, sendo que as preciptações foram generalizadas até o dia 24 de abril e já estamos praticamente com 15 dias sem chuvas significativas”, ressalta.

Além da baixa umidade no solo, as altas temperaturas também estão afetando o desenvolvimento das plantas. “Nos outros anos, as condições climáticas não eram tão altas e essa temporada o clima está muito quente  e atingindo temperaturas entre 33 º C a 35 º C, que é muito ruim para o milho”, afirma.

A expectativa para este temporada é que a produtividade fique abaixo da média, sendo que em anos que o clima contribuiu o rendimento chegou a 100 sacas do grão por hectare. “Com certeza, nós não vamos conseguir atingir esses patamares nesta safra e não tem previsões de chuvas para os próximos dias”, pontua.

Ainda segundo a liderança, o seguro agrícola não cobre os prejuízos quanto às áreas foram cultivadas fora da janela ideal. “O produtor é um empresário que investe e acredita, mas o seguro na nossa região é algo que tem que ser repensado”, diz.

Comercialização

Em função da estiagem na localidade, os agricultores estão cautelosos para fechar novos negócios. Apesar desse cenário, as referências para o milho subiram e a saca está cotada entre R$ 22,00 a R$ 23,00. “Os produtores estão esperando a colheita para começar a vender, pois realizar novas comercializações pode complicar ainda mais a vida do agricultor”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Rafael Messias Castro Goiânia - GO

    É complicado, mas o produtor precisa se acostumar com a contratação do seguro. Não dá mais pra ficar arriscando, os investimentos são cada vez maiores e o clima cada vez mais instável. O seguro deve ser encarado como custo de produção.

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