Milho: Desafio do Brasil é agregar valor à produção, diz vice-presidente da Abramilho
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Milho: Desafio do Brasil é agregar valor à produção, diz vice-presidente da Abramilho
DownloadDe acordo com projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil vai superar a exportação de milho dos Estados Unidos em cinco anos. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO), Glauber Silveira, o desafio não deve ser a exportação, mas em agregar valor a produção do cereal.
“Nós podemos superar os Estados Unidos amanhã em exportação, mas isso não é mérito. Os americanos produzem 400 milhões de toneladas do grão e consomem cerca de 320 mi/ton. internamente, ou seja, eles produzem etanol, carnes e agregam valor a commodities”, ressalta.
A partir de um comparativo, mostra que uma tonelada que é destinada a produção de etanol de milho e para os grãos secos e destilaria (DDG), geram três vezes mais receita do que o mesmo volume designado à exportação.
A solução para agregar valor ao milho é na produção de proteína animal e etanol de milho, visto que a viabilidade é maior do que com a cana-de-açúcar. “Primeiro porque tem um menor custo industrial, isso acaba sendo muito positivo. A tendência é que em diversas regiões do país tenha usinas de milho”, pontua.
Em relação à logística, a liderança salienta que o Brasil ainda precisa de investimentos no setor e baixar o preço dos fretes. “Se melhorar a logística vai sobrar mais dinheiro para o produtor, pois é tudo caro. Uma das formas de resolver esse problema é com a agregação de valor”, afirma.
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Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2017/18 de milho terá uma redução significativa na produção por conta da menor área plantada, passando de 97,8 milhões para 88 mi/ton.
Por outro lado, o volume do grão exportado na safra passada foi de 30,8 milhões de toneladas, sendo cerca de 335,2 mil acima da estimativa do mês anterior. Com isso, os estoques da safra 2016/17 de milho já chegam a 18,7 milhões de toneladas, que serão carregados para a próxima temporada, somando com o volume da atual safra 2018/19, e assim, vai podendo pressionar as cotações do cereal no mercado interno.
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