Após 30 dias sem chuvas, produtores do Sul de Goiás já contabilizam prejuízos de mais de 50% no milho e perdas podem aumentar
O produtor Álvaro Fávero, da região da Catalão (GO), conta que as áreas de milho safrinha estão padecendo com a falta de chuvas, que perdura há mais de 35 dias.
De acordo com Fávero, as plantas tiveram bom desenvolvimento no começo, mas agora, na fase de enchimento, há um desânimo generalizado, apontando para um desastre semelhante ao ano passado.
O produtor plantou 220 hectares, que devem amargar as perdas decorrentes do reflexo dessa situação. Fávero também planta sorgo que, apesar de ser mais resistente, também sofre com os efeitos climáticos.
Em média, metade da safra da região está perdida, segundo Fávero. Além das áreas de sequeiro, as áreas de irrigação com pivô central também não devem conseguir ter boas produtividades, em funçãp dos baixos níveis das represas.
A colheita será realizada entre o final de julho e o começo de agosto. O preço do milho é baixo e, com rentabilidades em queda, deve ficar longe de cobrir os custos de produção. Para Fávero, o mais certo era destinar o milho para a silagem, o que ofereceria uma renda melhor, ainda que também pequena.
2 comentários
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Welber martins Bom Jesus de goias - GO
A situação aqui no Sudoeste Goiano é diferente... estamos tendo perdas significativas devido aos enfezamentos pardos e vermelhos e não por falta de chuvas.... temos revenda aqui na cidade com área aproximadamente de 15.000 ha com sementes que só nós vendermos e zero de problema com chuvas... milhos plantamos no final de fevereiro todos sem problema com chuvas... Agora, milho pendoando, não tem como não perder... milho sequeiro (pendoando agora) nem deveria ter sido plantado, pois pra estar pendoando agora foi plantado final de março, e nesta data nem sorgo vai mesmo.
Acreditamos sim percas que podem ser significativas podendo chegar a 50% sim mas devido aos enfezamentos
Henrique dos Santos Pereira Diniz Abadia dos Dourados - MG
Amigos do Notícias Agrícolas, nós que estamos na divisa de Goiás -- a aproximadamente 100 km de Catalão -- estamos passando pelo segundo ano de seca que vai gerar uma quebra acima de 60% na safrinha..., muitas lavouras estão pendoando sem apresentar espiga, somente cerca de 40 a 50% das lavouras estao dando espiga e com muitas falhas... nas proximidades da divisa de Minas com Goias estamos com uma precipitação que não soma 50 mm de media na região, o que causa um prejuizo muito grande... o custo do milho safrinha esta girando em torno de R$ 1.500,00 a R$ 1.800,00 por ha... com uma produção estimada de 20 a 30 sacas por ha, vendendo media na regiao de R$ 23,00, o resultado não paga nem a semente -- que custou de R$ 600,00 a R$ 700,00 por saca. Produtores estão sem vender a soja, que está a R$ 58,00 e tentando prorrogar as dividas nas lojas em busca de dias melhores de preço, porem acumulando dividas de armazenagem e juros em lojas e bancos... isso pode ser o fim de muitos agricultores, que já acumulam dividas nos ultimos anos...
Sou de Luziânia - go e tenho áreas de milho safrinha, no mesmo talhão plantas, que darão produção de 30 a 100 sacas por hectare, o milho está muito desuniforme tanto de altura como de espigas. Já vejo alguns fazendeiros ensilando o milho na tentativa de recuperar um pouco o prejuízo.
Em Coromandel-MG, a situação do milho safrinha é dramática, perdas iguais as do ano passado. Com um agravante, hoje o milho vale metade...