Com chuvas recentes, produtores iniciam o plantio da soja em Sinop (MT)
O vazio sanitário terminou no último dia 15 de setembro e os produtores rurais de Sinop (Mato Grosso) iniciaram a semeadura da soja, da temporada 2016/17. Com as chuvas recentes, em algumas propriedades o volume acumulado chegou a 120 mm e a umidade no solo permitiu que alguns agricultores começassem os trabalhos nos campos. Ainda assim, as chuvas ainda estão esparsas.
Contudo, a orientação é que o plantio da nova safra seja feito escalonadamente para evitar problemas com o clima, segundo reforça o vice-presidente do sindicato rural do município, Leonildo Barei. “Os agricultores não podem correr o risco de ficar com a semeadura acumulada para o final de outubro e com possibilidade de chuvas para a colheita, entre o final de fevereiro e começo de março. E nem comprometer a janela ideal de cultivo do milho safrinha”, completa.
E, diante das previsões de um período mais seco no mês de outubro, os agricultores devem estar atentos às chuvas para dar andamento no cultivo do grão. “A orientação é que semeiem entre 15% a 20% da área nesse momento e continuem os trabalhos à medida que as chuvas forem se confirmando. Para essa semana, temos algumas chuvas previstas, que se confirmadas, irão estimular mais produtores a iniciarem a semeadura da soja”, afirma Barei.
A safra 2016/17 se desenha de forma diferente se comparada com os anos anteriores. Isso porque, os produtores carregam dívidas da temporada passada, prejudicada pelo clima mais seco. Muitos produtores também tiveram dificuldade de acessar o crédito para realizar o planejamento da nova produção.
“Existe uma grande dificuldade para acessar o crédito, é preciso ter o nome sem restrição e dar muitas garantias. Porém, tivemos uma safra de soja frustrada, no caso da safrinha de milho, temos prejuízos entre R$ 500,00 até R$ 700,00 por hectare em algumas localidades no estado. Com isso, apenas 10% dos produtores mato-grossenses conseguiram manter o nível de tecnologia empregada nesta safra, 40% se limitou a organizar o que já tinha e 50% não conseguiram se organizar”, explica o vice-presidente.
Comercialização da safra nova
Todas as incertezas que se configuram para essa safra também refletiram na comercialização antecipada. Ainda segundo a liderança sindical, os produtores estão mais cautelosos e realizaram alguns negócios, com valores entre R$ 72,00 e R$ 74,00 a saca da soja.
“A orientação é que também se negocie aproximadamente 20% da expectativa de colheita. Mas é preciso que busquem mais informações, não podemos depositar todos os ovos em uma cesta só”, reforça Barei.
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