Com adversidades climáticas, produtividade média do milho está próxima de 45 scs/ha em Laguna Carapã (MS)
A colheita do milho safrinha tem caminhado em Mato Grosso do Sul e já está completa em 50,3% da área semeada nesta safra, conforme dados divulgados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), ferramenta da Aprosoja MS. Na região de Laguna Carapã, em torno de 65% da área já foi colhida com o milho segunda safra.
E, depois do clima irregular, a perspectiva é que as perdas fiquem entre 25 sacas a 30 sacas de milho por hectare. Por enquanto, a produtividade média das lavouras está ao redor de 45 a 50 sacas do cereal por hectare, porém, ainda pode recuar conforme os trabalhos nos campos avançarem. Na temporada anterior, o rendimento médio das lavouras ficou próximo de 90 sacas do grão por hectare.
“A área cultivada ficou em torno de 80 mil hectares nesta safra. Então, temos um prejuízo bastante grande na região. Consequentemente, temos caminhões sobrando na localidade, já que não houve uma movimentação intensa como em anos anteriores”, afirma o técnico agrícola da Ellite Agropecuária, Antônio Rodrigues Neto.
Atualmente, a saca do milho é cotada a R$ 35,50 em Laguna Carapã, porém, o valor já chegou a R$ 45,00. Contudo, os valores praticados ainda estão bem acima dos registrados em anos anteriores, entre R$ 14,00 a R$ 15,00 a saca. Por outro lado, muitos produtores fizeram negócios antecipados para exportação no valor de R$ 24,00 a saca.
Safra 2016/17
Os agricultores já olham mais adiante e se preparam para a semeadura da próxima safra de verão na região. “Desde abril, os produtores tem se preparado e adquirido adubos e defensivos. Já tem agricultor fazendo aplicação de calcário e dessecando áreas em algumas localidades. Estamos tentando evitar problemas com ervas daninhas e o capim amargoso para não ter mais gastos e tentar ter uma boa safra. O objetivo é buscar uma recuperação das perdas deixadas pela produção da safrinha de milho”, pondera o técnico agrícola.
Outro fator que segue no radar dos produtores é o clima. Para esse ano os institutos de meteorologia indicam a configuração de um La Niña. “Os agricultores estão atentos e já trabalham fortemente com matéria orgânica, adubação e enraizadores”, diz Neto.
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