Em Goiás, quebra na safrinha de milho pode superar os 40% nesta temporada
Em meio ao avanço da colheita, os produtores brasileiros vão confirmando a quebra na segunda safra de milho. Somente no estado de Goiás, as perdas podem superar os 40% nesta temporada devido ao período seco, que atrapalhou o desenvolvimento das lavouras. Com isso, a perspectiva é que sejam colhidas 4,9 milhões de toneladas do cereal neste ciclo, contra as 8 milhões de toneladas projetadas anteriormente.
Com 65% da área colhida até o momento, o assessor técnico da Faeg (Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, Cristiano Palavro, reforça que a quebra ainda pode ser maior. “Isso porque, os resultados tendem a piorar de agora em diante, uma vez que as lavouras cultivadas tardiamente foram as mais afetadas pelo clima mais seco”, completa.
Diante desse quadro, a perspectiva é que a produtividade média das lavouras fique próxima de 65 sacas do grão por hectare nesta temporada. “O rendimento está bem distante da estimativa de 110 sacas por hectare. De modo geral, todas as lavouras tiveram resultados inferiores ao potencial produtivo. E, podemos destacar que o sul do estado foi mais afetado, especialmente as regiões de Goiatuba, Bom Jesus de Goiás e Itumbiara”, explica Palavro.
Preços do milho
Recentemente, as cotações do cereal também voltaram a apresentar valorizações no estado. “Os resultados dos campos foram ratificando que a produtividade das lavouras seria menor nesta temporada e devido à queda nas cotações, os produtores estão segurando a pequena produção. Isso fez com que os preços voltassem a se aquecer”, diz o assessor técnico.
Atualmente, a saca do grão é cotada entre R$ 42,00 até R$ 50,00, dependendo da região. Porém, o assessor ainda destaca que são poucos os produtores que têm milho para comercializar nesse momento, uma vez que muitos tinham contratos antecipados e agora têm dificuldades em cumprir as negociações. “Parte dos agricultores não irá conseguir aproveitar os preços atuais. Já para quem conseguir negociar é um benefício interessante, mas que não resolve a situação, pois a perda na safra é significativa”, afirma.
Palavro ainda sinaliza que são poucos os agricultores que têm seguro das áreas. “O resultado financeiro do produtor e o abastecimento interno são apreensões. No caso de Goiás, a produção ainda seria suficiente para atender a demanda interna, excluindo as exportações, mas já seria um quadro ajustado. Caso haja embarques no segundo semestre, o abastecimento ficará preocupante”, acredita.
Safra 2016/17
Apesar dos prejuízos na safrinha, a estimativa é que os produtores consigam manter a área destinada ao cultivo da soja na próxima temporada. “Ficará mais oneroso para o produtor fazer essa safra, especialmente se tiver dificuldade em cumprimento de custeio, o que pode afetar o capital de giro, o fluxo e a capacidade de contração de novos créditos. Isso faria com que os agricultores recorressem a outras fontes, com custeio mais caro, mas ainda é cedo para falar em uma possível redução de área”, relata.
Entretanto, na visão do assessor, não está descartado um aumento na área cultivada com milho na safra de verão. Frente os preços mais aquecidos, as indústrias já se posicionam para a realização de contratos antecipados. “Ainda assim, isso não significa uma queda na área de soja, porque temos um potencial de expansão sobre áreas de pastagem e áreas degradadas. E também temos outras culturas que podem ser implementadas em sucessão”, finaliza Palavro.
2 comentários
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elcio sakai vianópolis - GO
A estimativa inicial da safrinha de milho em Goiás era de 9,5 mi de toneladas..., portanto a quebra será muito maior. Vejam que engraçado, no inicio do mês a venda dos primeiros milhos safrinha, girava em torno de R$ 38,00 a 39,00 , passou pouco mais de três semanas e hoje o milho é negociado de R$ 44,00 a 46,00. Uma quebra de 40% em Goiás, não elevaria tão rapidamente estes preços. Enquanto o Paulo Roberto está próximo de Goiania, eu já estou mais perto de Brasilia, e ambos sabemos que a quebra no estado será em torno de 60% ou mais. No inicio do mês eu comentei que provavelmente o milho chegaria a R$ 50,00 entre os meses de dezembro e janeiro, parece que estava enganado, pois agora acho que até setembro já chegará.
Paulo Roberto Schwengber Leopoldo de Bulhões - GO
Está desinformado, a quebra será de 60%
Tem toda a razão Paulo Roberto, estão muito fora da realidade, muito mesmo, chegeui de GO dia 25/07, tenho um irmão e amigos que plantam nos municípios de cachoeira dourada e bom jesus, ambos terminaram suas colheitas os números são de chorar, toda renda que tiveram na soja foi por seca abaixo, na safra passada colheram algo em torno de 110 sacas por há em média, nesta safra em Bom Jesus 50 sacas em média e cachoeira dourada em torno de 20 sacas por há, não adianta querer amenizar com números mentirosos, que não existe, temos os dados da verdade de fechamento de área, são até grandes áreas algo em torno de 1000 há, a situação é grave, muito grave e ninguém prestou atenção nisso, e essas consultorias mentindo sem parar , viram homens, tenham carácter, se não pode ajudar não atrapalha, certo!!!
Engraçado, no inicio do mês a venda dos primeiros milhos safrinha, girava em torno de R$ 38,00 a 39,00 , passou pouco mais de três semanas e hoje o milho é negociado de R$ 44,00 a 46,00. Uma quebra de 40% em Goiás, não elevaria tão rapidamente estes preços. Enquanto o Paulo Roberto está próximo de Goiania, eu já estou mais perto de Brasilia, e ambos sabemos que a quebra no estado será em torno de 60% ou mais. No inicio do mês eu comentei que provavelmente o milho chegaria a R$ 50,00 entre os meses de dezembro e janeiro, parece que estava enganado, pois agora acho que até setembro já chegará.
Boa Tarde, os amigos mais otimista. estão prevendo acima de 60,00 reais para janeiro. agora seguinte para o ano de 2017. primeira safra e safrinha tem alguma expectativa para exportação nestes patamares de preço.