Após intempéries climáticas, produção de milho safrinha já tem quebra de 11% no PR

Publicado em 28/06/2016 10:58
Estado deverá colher cerca de 11,4 milhões de toneladas de milho. Em maio, projeção era de 12 milhões de toneladas. Em torno de 31% das lavouras ainda estão suscetíveis ao clima. Até o momento, pouco mais de 15% da área já foi colhida. Preços médios recuaram para R$ 35,00 a saca. Valor ainda está 90% acima do registrado no mesmo período de 2015.

A seca e geada prejudicaram a produção de milho safrinha do Paraná. A estimativa do Deral (Departamento de Economia Rural) é de uma redução na ordem de 11% em relação à produção do ano passado.

Segundo departamento as lavouras da safra 2015/16 devem produzir de 11,3 a 11,4 milhões de toneladas, contra projeção inicial de 12,9 milhões de t.

O analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, ressalta que a quebra ocorre em um ano com aumento de 14% na área em relação à safra anterior. "É uma redução relevante em torno de 1,4 milhões de t", completa.

O milho sofreu com estiagem de abril e maio, especialmente na região Norte que registrou a maior quebra de 800 mil toneladas. Posteriormente, em junho, o estado foi atingido por geadas severas.

"O reflexo de perdas, até o momento, é mais em decorrência da seca, mas poderemos ter quebra um pouco maior com o avanço da colheita, contabilizando os prejuízos da geada", destaca Gervásio.

De acordo com dados da Secretária de Agricultura, até a última semana, 15% da área plantada foi colhida, com baixo índice de afetadas pela geada. Dessa forma, é possível que à medida que os trabalhos de campo se intensifiquem, o índice de perda em produtividade poderá aumentar.

E as preocupações com o clima continuam. Gervásio destaca que 31% da área ainda está suscetíveis a perdas com novas geadas e, 67% em decorrência de chuvas.

Preços

A pressão da colheita retraiu os preços do milho no estado. Em quarenta dias as cotações saíram de R$ 40,00 para R$ 35,00 a saca de 60kg.

No entanto, o analista diz não acreditar "em reduções maiores, talvez chegando no máximo a R$ 30,00/sc. Portanto, as cotações devem se manter elevadas mesmo durante a colheita", destaca Gervásio.

E mesmo com a possível queda, os preços devem se manter acima dos custos de produção que é de R$ 20,00 por saca. Segundo ele, na comparação anual os custos subiram 17% enquanto que a cotação apresentou variação de 90% no período.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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