Lavouras de milho safrinha têm perda de até 50% em Laguna Carapã (MS) devido ao clima adverso
Em Laguna Carapã (MS), as lavouras de milho safrinha também sofreram com a ausência de chuvas. Com isso, a perspectiva é de uma quebra ao redor de 50% na produção do cereal. O rendimento médio das plantações deverá ficar próximo de 40 sacas por hectare, contra uma média de 80 sacas por hectare registrada na safrinha anterior.
E mesmo com o retorno das chuvas, a expectativa é que poucas áreas apresentem uma melhora. “Já tivemos 70 mm de chuvas e ainda há previsões, porém, as espigas já foram definidas. Com a seca, o milho não enraizou da maneira como deveria, temos uma perda expressiva nessa produção”, destaca o técnico agrícola da Ellite Agropecuária, Antônio Rodrigues Neto.
As perdas podem ficar acima do estimado inicialmente, já que ainda há possibilidade de ocorrência de geada na região. “E esse cenário, se confirmado, deverá afetar o rendimento das lavouras que pode ficar ainda mais baixo. E são as poucas as áreas que têm seguro”, pondera o técnico agrícola.
Paralelamente, o clima também contribuiu para o aparecimento das pragas nas lavouras do cereal. As plantações, convencionais ou não, foram atacadas por percevejos e pela lagarta do cartucho. O que elevou os custos de produção para os produtores rurais nesta temporada.
Diante desse quadro, os agricultores também estão apreensivos com os contratos que foram realizados antecipadamente. “Talvez muitos produtores não tenham o produto para cumprir a comercialização”, destaca Neto. Nesse momento, a saca do cereal é cotada a R$ 45,00 no mercado disponível.
Soja
É importante reforçar que, esse é o segundo prejuízo consecutivo aos produtores rurais da região. A produtividade da soja, da safra de verão, também foi bastante comprometida devido ao excesso de chuvas.
“Tivemos muitas áreas alagadas, muitas aplicações de defensivos não foram feitas, registramos prejuízos com as lagartas, ferrugem e antracnose, o que acabou influenciando na produtividade das lavouras. Alguns agricultores utilizaram o silo bolsa, mas os grãos começaram a arder, cenário muito difícil”, diz o técnico agrícola.
Apesar da finalização da colheita, ainda não há uma estimativa oficial a respeito da quebra na produção. Neto ainda reforça que, os rendimentos ficaram ao redor de 37 sacas a 40 sacas por hectare. A média dos últimos anos é de 43 sacas a 45 sacas por hectare.
1 comentário
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Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
É bom lembrar que o faturamento fica até melhor. Entao pra quem colhe metade a situação fica igual, porém com uma perspectiva melhor pro ano.
Exelente sua colocação Vilson...no caso do MT que o preço ao produtor era 12..agora esta a 40...até colhendo 1/3...empata a receita...
Dalzir, é preciso levar em consideração o tipo de financiamento. No MT predomina o Barter (troca) e aqui, foi feito à base de 50 sc/há e ele representa segundo as empresas em torno de 70% da área plantada.