Em Cristalina (GO), perdas no milho safrinha podem ultrapassar os 70% devido à falta de chuvas

Publicado em 04/05/2016 10:44
Lavouras ficaram sem chuvas há mais de 40 dias na região. Ventos fortes registrados no final de semana acamaram muitas plantações. Rendimento médio está próximo de 30 scs/ha, contra uma média de 100 scs/ha nos anos anteriores. Produtores seguem preocupados com os negócios realizados anteriormente. Preços continuam firmes e saca é cotada a R$ 42,00 na localidade.

Sem chuvas desde o final de março a região de Cristalina (GO) estima perdas superiores a 70% na produção do milho safrinha. No último final de semana precipitações localizadas e de baixa intensidade atingiram algumas localidades no município, mas sem potencial de recuperação das plantas.

De acordo com o técnico agrícola, Beto Brava a maior parte das lavouras não tem mais tempo para recuperação. "A estiagem atingiu um período muito crítico do desenvolvimento das plantas, que é do pendoamento ao enchimento do grão, então mesmo que chova a cultura não consegue mais responder em termos de produtividade", explica.

Além do baixo volume, as precipitações do final de semana também foram acompanhadas de ventos fortes que ocasionaram o tombamento de muitas plantas, agravando ainda mais o prejuízo dos agricultores.

De acordo com Brava, alguns produtores projetavam inicialmente "colher 70 mil sacas do milho, mas agora já trabalham com projeção de 18 mil sacas. Isso na média da área dá uma produtividade de 30 sc/ha", ressalta.

Em casos mais graves, principalmente as áreas cultivadas tardiamente, lavouras se quer colhidas pelo baixo rendimento que não compensa os gastos com maquinários e mão de obra.

"A maior parte dos produtores estão desprotegidos no que diz respeito a seguro, então passarão por uma situação bastante delicada para cumprir seus compromissos", pondera o técnico agrícola.

Motivados pelos preços atrativos do milho, a comercialização antecipada neste ano foi maior. Em Cristalina a modalidade de troca é a mais utilizada pelos produtores, que agora temem não ter o produto para honrar os contratos.

Na região a saca do cereal é comercializada atualmente entre R$ 41,00 a R$ 42,00, valor que apesar de positivo não deve compensar os prejuízos dos produtores.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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