Geada se confirma e ocasiona prejuízos nas lavouras de feijão e milho safrinha em São João (PR)
A forte geada que atingiu o município de São João (PR) na madrugada de domingo (01) trouxe prejuízos às lavouras de milho safrinha e feijão que estavam recém cultivadas. Os termômetros chegaram a -2ºC na região, e aeada queimou as folhas das plantas.
Devido à estiagem muitas áreas foram cultivadas tardiamente na região e a geada neste período irá prejudicar o desenvolvimento das culturas. Segundo o presidente do sindicato rural de São João, Arceny Bocalon, o milho semeado em janeiro vem apresentado bom rendimento, no entanto, as lavouras cultivadas mais tarde terão queda de rendimento e qualidade devido ao fenômeno climático.
"As lavouras de milho do tarde, já sofreram com a estiagem e agora a geada, então certamente terão uma perda de mais de 40%. Esperamos conseguir colher alguma coisa ainda", relata Bocalon.
Segundo o presidente, os produtores estavam animados com a produção do milho segunda safra. Embora a maior parte das lavouras possua seguro rural, o Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) - que é a modalidade mais contratada pelos produtores - cobre apenas 70% da área, deixando assim, prejuízo aos agricultores,que precisavam consolidar a segunda safra do milho, haja vista que no próximo ano está proibida a safrinha de soja.
Com a baixa disponibilidade do cereal na região, a saca do milho é negociada a R$ 44,00.
Feijão
No feijão, Bocalon conta que as perdas são ainda mais expressivas. "Há muito produtores que cultivaram o feijão sobre soja - fora do zoneamento. Estavam recém formados os grãos, então esse feijão já não produz mais nada", explica.
Embora o preço do grão esteja em alta, principalmente pela falta da oferta, "o produtor precisa garantir a qualidade para conseguir pegar preço", ressalta Bocalon. Na região a saca do feijão carioca está sendo negociada entre R$ 205,00 a R$ 225,00.
Trigo
O plantio do trigo deve começar no próximo dia 15 de maio, porém o atraso no desenvolvimento do milho safrinha pode atrasar a semeadura do grão. "Assim, acreditamos que no mês de maio seja plantado pouco trigo", destaca Bocalon.
Outra preocupação é quanto aos custos de produção que deve refletir em menor área cultivada nesta safra. Segundo o presidente, os contratos futuros estão sendo ofertados a R$ 41,00 a saca, enquanto que para produzir o produtor gasta em média R$ 48,00/sc.
1 comentário
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Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR
Parabéns Sr. Arceny Bocalon, pela brilhante entrevista entrevista, especialmente em relação àimportância da soja safrina, que sua definição ocorre antes das geadas (final de abril e meados de maio), principalmente em sua região onde que predomina o plantio de milho para silagem dos pequenos agricultores, nesse sentido o Paraná irá peder bastante com o fim da soja safrinha, uma vez que conforme muito bem relatado pelo Sr. Bocalon, o feijão e também o milho saqfrinha foi severamente atingido pela geada, a soja safrinha foi apenas uma dessecação da natureza, pois já estava definida. É uma pena a proibição da soja safrinha no Paraná.