Colheitômetro cruza dados de 5 culturas e demonstra, em números, a importância do agronegócio brasileiro
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Entrevista com Carolina Brandão - Gerente de Marketing Brasil da New Holland Agriculture sobre o Colheitômetro
No último dia 28 de julho, Dia do Agricultor, foi lançado o primeiro contador digital da produção agrícola brasileira. O Colheitômetro é uma ferramenta que mostrará, em tempo real, os números da colheita das principais commodities agrícolas produzidas no país, como soja, milho, arroz, cana e trigo. A tecnologia, que utiliza fontes seguras e oficiais de dados, também exibirá ao público as cifras geradas por essas culturas, que são pilares da economia brasileira.
Além de um site próprio (www.colheitometro.com.br), que pode ser consultado a qualquer momento, o primeiro painel físico do Colheitômetro também será inaugurado no dia 28/07 na fábrica da New Holland, em Curitiba (PR), exibindo em um mostrador eletrônico os dados das culturas na mesma hora em que são contabilizados em tempo real. A intenção é que, futuramente, novos painéis como este sejam instalados em outras cidades do país.
Por trás dos números revelados pelo Colheitômetro está o peso do agronegócio brasileiro, responsável hoje por 26,4% do PIB do país e um dos itens de peso da nossa balança comercial. Mesmo com toda a crise provocada pela pandemia do coronavírus, o agro foi responsável por quase metade (48%) das exportações totais do Brasil em 2020, conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura. Na última década, enquanto o PIB brasileiro encolheu 5,5%, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o da agropecuária cresceu 2,7%.
A Interface de Programação de Aplicação (API, na sigla em inglês) do Colheitômetro permite mostrar dados de produção (em toneladas) das seguintes culturas: soja, milho, arroz, cana e trigo, divididos por cultura. Além disso, o painel mostra os valores em reais (R$) que essa produção representa. Futuramente, outras culturas serão acrescentadas à base de dados do contador digital.
Para fazer essas operações, o Colheitômetro utiliza informações oficiais, atualizadas em tempo real, com base no histórico e no cruzamento de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), IBGE e Cepea-Esalq/USP e de outras fontes. Através de algoritmos internos, esses dados são incrementados conforme as previsões de colheita.
Conforme um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,6 milhões de pessoas no planeta em 2020 (10% da população mundial), sendo que 212 milhões dessas pessoas estão no Brasil. Segundo o mesmo estudo, na última década a participação brasileira no mercado mundial de alimentos passou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões, com destaque para soja, milho, algodão, carnes e produtos florestais. A expectativa é que essa participação siga crescendo nos próximos anos.
Um relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostrou que o Brasil se consolidou nos últimos 25 anos como o maior exportador líquido (diferença entre exportações e importações) de produtos agro do planeta, principalmente por causa do peso de commodities como açúcar, café, suco de laranja e soja – itens no qual somos líderes atualmente –, além de outros produtos como milho, algodão e carnes, com os quais também estamos entre os principais exportadores mundiais.
Para a safra brasileira de grãos deste ano espera-se um novo recorde no volume de produção: 260,8 milhões de toneladas, uma alta de 1,5% a mais em relação ao ciclo anterior, com aumento de 4,4% na área plantada. Comparado a outros setores da economia, o desempenho da agropecuária é surpreendente. Enquanto o agro exportou US$ 100,81 bilhões em 2020 (dados da OMC), segundo maior valor da história do setor, com crescimento de 4,1% em relação a 2019, as exportações de veículos caíram 24,3% no ano passado, atingindo US$ 5,5 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em relação à geração de empregos, no acumulado de 2020, segundo o Ministério da Economia, a agricultura gerou 61.637 vagas de trabalho, enquanto o comércio, por exemplo, criou 8.130 vagas no mesmo período. Já o setor de serviços, por outro lado, enxugou 132.584 vagas.
- Com informações da New Holland
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