A história das máquinas, Veja o que Arno Dallmeyer conta para o Marcas e Máquinas
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Entrevista com Arno Dallmeyer - Consultor em Agronegócio sobre o Marcas e Máquinas Agro
DownloadQuem vê hoje o agronegócio brasileiro colhendo a maior safra da história, com 250 milhões de toneladas de grãos, realizando safra sobre safra, com grandes tratores e colheitadeiras comandadas por pilotos automáticos e com motores de alta potência (de mais de 500 cavalos), nem imagina que, até a década de 1950, tudo isso não existia.
O professor Arno Dallmeyer da Universidade Federal de Santa Maria, é testemunha da transformação do setor de máquinas e equipamentos agricolas brasileiro. Em depoimento ao Marcas e Máquinas, ele dá detalhes de sua pesquisa sobre essa evolução.
--"Antes da instalação das primeiras indústrias de tratores no país, não haviam nem 500 máquinas por todo o Brasil, somente a partir da década de 60 surgem as primeiras fábricas de tratores no país, e já na década de 70 nosso parque fabril tinha capacidade instalada para produzir cerca de 70 mil tratores, inclusive marcas importantes europeias como Fendt e Deuts; essas marcas, depois, nas décadas seguintes, fecharam suas instalações porque viram cair muito o número de vendas de tratores com a suspensão dos subsídios e financiamentos do governo
Em relação as tecnologias genuinamentes nacionais, Dallmeyer fez questão de ressaltar a importância dos Tratores CBT fabricados até o ano de 1982; outra contemporânea foi a Agrale, que produz até hoje. A Engesa foi fundamental, com seus grande tratores articulados 4x4 de 280 cavalos de potência, no auxilio aos pioneiros do cerrado brasileiro.
-- "Mas o que realmente me chamou atenção nessa minha pesquisa sobre a história da mecanização agrícola brasileira, foi encontrar um trator projeto por engenheiros gaúcho, aqui de Santo Ângelo, que, na década de 70, fabricaram um trator com motor de 220 cvs, num município de menos de 40 mil habitantes -- o que para época era uma iniciativa de grande ousadia".
E a história continua..
Arno destaca a evolução das colheitadeiras que, no início, eram apenas trilhadeiras de grãos de colônias do sul do país, montadas para trilhar trigo, feijão e centeio."Resultado da iniciativa e empreendedorismo brasileiro, aquelas máquinas rústicas se transformaram nas grandes máquinas auto-propelidas, como as conhecemos hoje. Por exemplo, a primeiras SLC 65 A, de Horizontina, Rio Grande do Sul, que deu origem às primeiras máquinas da John Deere no Brasil, e as primeiras "Ideal" de Santa Rosa, também no Rio Grande do Sul, que deram origem às máquinas da Massey Ferguson.
-- Nossa indústria nos traz muito orgulho, e temos muito o que contar... precisamos ressaltar a importância dos pulverizadores auto-motrizes da Jacto, projetados em Pompeia, interior de S. Paulo, e tantas outras marcas...
... mas isso a gente deixa para uma outra edição do Marcas e Máquinas.
(Por Frederico Olivi, do Marcas e Máquinas)
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