Indústrias brasileiras encabeçam campanha na Europa para esclarecer benefícios e estimular o consumo de suco de laranja
Em pareceria com a Associação Europeia de Sucos de Fruta (AIJN,sigla em francês) a CitrusBR iniciou uma campanha para estimular o consumo do suco de laranja na Europa.
A ação é o resultado de mais de um ano de negociações em que brasileiros e europeus discutiram a melhor forma de combater a queda no consumo que tanto afeta a cadeia produtiva.
"É uma bebida que tem uma série de benefícios, mas nós últimos ano o setor esqueceu de contar porque as pessoas devem cosumir o suco de laranja", explica o diretor-executivo da entidade, Ibiapaba Netto.
Essas informações, antes confinadas a laboratórios de pesquisa, serão levadas a conhecimento do consumidor, assim como da própria comunidade científica, conta Netto.
Um dos principais aspectos que explicam a queda do consumo de sucos de frutas na Europa é a quantidade de notícias negativas relacionadas a essas bebidas que começou a surgir nos últimos anos. De alimento saudável esse produto passou a figurar na lista dos vilões da alimentação, sendo associado à incidência de obesidade, diabetes e até de doenças cardiovasculares.
Como primeira fase do trabalho, uma base de dados científicos foi montada para ajudar os porta-vozes das associações locais e seus respectivos times, com toda a informação organizada. As principais dúvidas foram catalogadas e as respostas para cada questão devidamente estruturadas.
"É muito importante que toda a cadeia produtiva fique a par desse trabalho", destaca o diretor-executivo.
Safra 2015/16
O processamento total de laranja da safra 2015/2016 teve seu pior rendimento histórico, totalizando 240,4 milhões de caixas de laranja de 40,8 quilos processadas, segundo levantamento da CitrusBR.
Assim, "ao invés de usarmos 240,5 caixas para produzir uma tonelada de suco de laranja - como ocorreu na temporada anterior - neste ano, foram precisos 302,2 caixas para fazer a mesma quantidade de suco" explica Ibiapaba Netto.
A drástica queda no rendimento, causada por condições climáticas adversas, fez com que as empresas paulistas deixassem de produzir 223 mil toneladas de FCOJ equivalente se comparado ao rendimento industrial da safra anterior.
Esse cenário traz consequências diretas no custo de produção, e perda de valor na indústria. A entidade estima que a queda no rendimento industrial ocasionou uma perda de valor para toda a indústria paulista na ordem de R$ 1,1 bilhão, considerando o preço médio do suco de laranja na bolsa de Nova Iorque no período entre 01 de julho de 2015 e 30 de abril de 2016.
Segundo Netto, o total de suco produzido no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro devem alcançar 865.463 toneladas de FCOJ. Assim, "com a queda forte na demanda, fizemos um ajuste na previsão" dos estoques de passagem que subiram para 332.856 toneladas, explica.
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