Pinhão no RS tem pior safra da história e preços disparam para o consumidor
Este ano deve marcar a pior safra de pinhão da história do Rio Grande do Sul com uma produção cerca de 85% menor do que um ano normal, totalizando, no máximo, 150 toneladas contra as normais 800 toneladas.
Segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS, Ilvandro Barreto de Melo, essa quebra de safra começou ainda na primavera de 2018, quando o excesso de chuvas e de ventos prejudicou a polinização das árvores e reduziram drasticamente o número de pinhões colhidos neste momento.
Outro momento fundamental para este baixo resultado de colheita, que acontece entre abril e agosto, é a estiagem atual do estado que levou, além das árvores terem poucas pinhas para produzir sementes, que aquelas pinhas que conseguiram se desenvolver reduzissem drasticamente o número de pinhões e a qualidade deles.
Diante deste cenário, as famílias que dependem da colheita do pinhão para formar a renda do ano inteiro passam por dificuldades, mesmo que os preços tenham disparado no estado. O pesquisador aponta que mercados em Passo Fundo/RS, por exemplo, vendem o quilo do pinhão por R$ 16,90, quando o normal seria um patamar entre 5 e 6 reais.
Melo destaca ainda que a próxima safra em 2021 deve ser melhor do que a atual, já que a primavera de 2019 foi de estiagem, o que beneficiou a polinização das árvores. Porém, a produção ainda será menor do que uma safra normal, uma vez que a falta de chuvas no Rio Grande do Sul segue prejudicando o desenvolvimento das pinhas.
Confira a íntegra da entrevista com o engenheiro agrônomo da Emater/RS no vídeo.
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