Noz Pecan: Produção e mercado tem grande campo para expansão no Brasil
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Entrevista com Carlos Eduardo Scheibe - Presidente do Ibpecan sobre o Mercado de Pecanicultura
DownloadO mercado noz-pecan está crescendo no Brasil em função dos consumidores brasileiros estarem em busca de uma alimentação mais saudável. A cultura exige um investimento inicial elevado e tratos culturais, mas o retorno do lucro só vai acontecer após oito anos e pode chegar a US$ 10 mil de rendimento por hectare.
De acordo com o Presidente do Instituto brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Carlos Eduardo Scheibe, a variedade chegou ao Brasil por algumas pessoas que moravam nos Estados Unidos e utilizavam a noz-pecan na culinária local. “Depois de um tempo, a cultura começo a se expandir e nos últimos dez anos houve um incremento muito grande, principalmente quando a população começou a pensar em uma alimentação mais saudável”, afirma.
Com o consumo aquecido, as indústrias começaram a investir na produção da variedade e a maioria das nozes disponíveis no mercado interno é importada. “Nós estamos aumentando de 1.500 a 2.000 hectares por ano e temos aproximadamente oito mil hectares cultivados com a noz-pecan. Nós estamos alcançando uma produção em torno de 3.500 mil toneladas e com pequenos produtores chegamos a 5 mil toneladas”, comenta.
Após o interesse de vários produtores em cultivar essa variedade surgiu o instituto para buscar conhecimento e mercado. “Nos Estados Unidos, as regiões produtoras contam com uma associação muito forte e estamos implantando isso também aqui no Brasil”, ressalta.
A vantagem da variedade é por ser uma cultura perene e vai dar frutos por muito tempo. Com relação ao trabalho de colheita, a liderança aponta que é feita de forma mecanizada. “A colheita precisa ser rápida, pois temos uma janela para retirar o fruto da árvore se não perde qualidade. Após a colheita, nós temos que ter uma secagem e tem que ficar em uma alternância de temperatura devido ao Omega 3”, diz.
Confira como é realizada a colheita da Noz-pecan:
O Brasil ainda não tem protocolo de exportação de noz-pecan para a China e acaba complicando bastante o investimento na cultura. “O instituto está apenas começando, porém a nossa ideia é ser um polarizador de informações. Nós temos uma diretoria extremamente ativa e trabalhamos em alguns pontos na abertura para exportar com o Ministério da Agricultura”, conclui.
Confira mais informações no site do Instituto: https://www.ibpecan.org/
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